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Empresas são certificadas pela Semur com Selo da Diversidade Étnico-Racial

A Secretaria Municipal da Reparação (Semur), através da Prefeitura de Salvador, certificou 150 empresas com o Selo da Diversidade Étnico-Racial na manhã desta quarta-feira (15), durante evento no Hotel Mercure, no Rio Vermelho. O encontro teve como tema “O Impacto da Pandemia na Diversidade Étnico-Racial” e contou com palestras sobre Afroempreendedorismo: Pandemia e Inovação; Diversidade e Inclusão: O Papel do Líder Inclusivo; Soteropreta: Uma Comunicação Afirmativa; e Turismo Étnico Afro: Vetor de Reconhecimento e Empoderamento, proferida pela turismóloga Rejane Mira.

Para o coordenador de Reparação e Promoção da Igualdade Racial da Semur, Alison Sodré, ter um evento como esse com a certificação, e fazendo com que as empresas se comprometam a gerir um plano de trabalho com a diversidade como fator preponderante para o dinamismo do ambiente organizacional, é muito gratificante. “Salvador com 82% de negros e sendo a primeira capital do Brasil com uma diversidade grande, não tem como isso não refletir no espaço corporativo. E ter atividades como essas no escopo da Prefeitura, com essa certificação ao final do ano, ratifica a importância desse trabalho”.

Representante do Laboratório Sabin, Fernanda Borges afirmou que o selo reconhece o trabalho interno realizado pela empresa, pautado dentro de pilares que vêm desde a fundação. “É também uma oportunidade para que muitas empresas olhem para dentro, verificando se trabalham a diversidade étnico-racial, pois, mesmo em Salvador, sabemos que o maior número de desempregados são pessoas negras ou que se declaram pardas, e precisamos ter um olhar diferenciado para dar desenvolvimento para esses profissionais”.

Palestras – A comunicóloga Jamile Menezes, que palestrou sobre comunicação afirmativa, salientou que a discussão e a participação das empresas no selo é de extrema importância diante do momento atual de luta antirracista. Segundo ela, este é um momento em que os esforços têm que convergir para uma luta só, com empresários comprometidos com a causa e dispostos a discutir e implementar ações afirmativas nos seus empreendimentos. “É necessário e inevitável que se combata o racismo promovendo a equidade”, completou.

Ao falar sobre afroempreendedorismo, a consultora Carolina Menezes elogiou o evento, que reconhece ações afirmativas em empresas. “É extremamente importante para mim ver a temática tomando o espaço de discussão, principalmente falando dos efeitos da pandemia para os afroempreendedores, para os quais os efeitos foram ainda mais contundentes do que para outras pessoas”.

Funcionamento – O programa foi instituído pela Semur em 2007 e, desde então, tem reconhecido ações de promoção da diversidade e da equidade racial nas organizações públicas e privadas de Salvador. Ao obter o selo, as instituições assumem o compromisso de seguir um planejamento, que inclui a realização de um censo étnicorracial dos seus colaboradores e o desenvolvimento de ações de combate ao racismo no ambiente de trabalho, seguindo critérios como inclusão da juventude negra e apoio a programas de primeiro emprego.

As propostas apresentadas serão analisadas por um comitê gestor, composto por organizações representativas do governo municipal e da sociedade civil. Ao final do período, é feita uma avaliação para saber se as empresas devem ou não continuar com a certificação.

A concessão do Selo é renovada anualmente e, para se garantir entre as premiadas, as instituições e empresas devem atender aos critérios estabelecidos pelo comitê gestor. No caso de cumprimento das regras por um período de três anos, com notas acima de oito, a entidade recebe ainda o Selo Excelência. Por outro lado, o descumprimento das diretrizes implica em exclusão do grupo.

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