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Alavontê abre Festival da Cidade com “volta no Dique”

 

Um grupo formado por artistas, cantores, compositores, poetas e pensadores de vertentes diferentes, com extenso currículo e participação no Carnaval de Salvador, que resolveram se unir para fazer música. Tendo como ponto principal a descontração, Manno Góes (ex-Jammil), Ricardo Chaves (ex-blocos Eva e Crocodilo), Magary Lord, Adelmo Casé, Ramon Cruz (ex-músico de Daniela Mercury), André Simões (comunicador, produtor e diretor artístico), Jonga Cunha (percussionista, produtor musical e fundador do Bloco Eva) e Durval Lelys (guitarrista e vocalista do Asa de Águia) criaram, em 2013, o Movimento Musical Alavontê.

 

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O grupo é uma das atrações de abertura do Festival da Cidade, promovido pela Prefeitura para comemorar os 465 anos da primeira capital do Brasil e que começa no próximo domingo (23). A apresentação será feita em um minitrio que os integrantes já apelidaram de “Alavontrio“, para “dar a volta no Dique”, no Dique do Tororó, às 10h30, com saída e chegada ao lado do restaurante “A Porteira”. 

 

O nome pode parecer meio estranho, mas a proposta é de estar bem à vontade. E já conseguiram: além dos ensaios lotados realizados desde outubro em um bar, no Rio Vermelho, o movimento fez parte do Furdunço, uma das novidades do Carnaval de Salvador deste ano, o mais “pipoca” dos últimos tempos, e que colocou o público pipoca no clima de alegria nos circuitos Osmar (Campo Grande/Praça Castro Alves) e Dodô (Barra/Ondina).

 

“A gente criou o Alavontê com o intuito de se divertir fazendo arte, que é o que a gente gosta de fazer. Então, nos divertimos compondo, conversando, bebendo, tocando e alegrando as pessoas”, explica o cantor e compositor Ricardo Chaves, um dos precursores da chamada axé-music e dono de sucessos como “O Bicho”.

 

O baterista, compositor e cantor Ramon Cruz revela que o repertório para o Festival da Cidade conta com uma revisitada a músicas antigas do Carnaval da Bahia feitas pelos próprios integrantes e algumas delas já conhecidas do público, além de composições atuais da folia. “A gente faz uma mistura de tudo e também uma referência a outros estilos, uma mistura bem ‘alavontê’”.  

 

Para Magary Lord, o movimento não tem pretensão de seguir uma vertente musical. Os integrantes têm liberdade para escolher o repertório e compor músicas novas. “A gente tem um cardápio recheado de músicas próprias e releituras de músicas dos antigos carnavais e dos atuais”, ressalta.

 

Dos encontros, é claro, já há duas canções masterizadas, “Ê Lá em Casa” e “Lê Fulerê”. E o processo criativo não para, como conta o cantor, compositor e músico Adelmo Casé, que também lidera a banda Negra Cor. “A gente cria no WhatsApp, manda pra o outro ouvir e completar a letra ou a melodia ou muda tudo. É muito gostoso esse trabalho construtivo a muitas mãos. Eu gosto de compor assim, a galera também gosta de ter essas parcerias, as canções ficam com a nossa cara”, arrematou.

 

Multicultura – Entre os dias 23 e 30, vários eventos multiculturais vão acontecer para marcar a passagem dos 465 anos de Salvador. O Festival da Cidade terá caráter multicultural, e será acompanhado também por inaugurações, assinaturas de ordens de serviço e decretos, além de ações na área da cidadania. Toda a programação será divulgada nesta quinta-feira, às 9h, em coletiva no Palácio Thomé de Souza, Praça Municipal.

 

No domingo, além do Alavontê, também está confirmada a participação de Tio Paulinho no projeto Ruas de Lazer, a partir das 9h, na Barra. Serão realizadas oficinas de artes, esculturas de balões e pintura facial, além da montagem de uma pequena fazenda com exposição de miniaturas de animais. 

 

No Palacete das Artes (Graça), acontece, a partir das 18h, a apresentação da leitura dramática “Antígona”, de Aninha Franco, com Beth Coelho, Rita Assemany e Ricardo Bittencourt. Às 19h, está confirmado o projeto “Cinema na Praça” no bairro de Plataforma, Subúrbio Ferroviário, com a exibição de filmes de autores baianos.

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