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Alunos de escolas municipais assistem novo espetáculo do Balé Folclórico

Na semana em que é celebrado o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), cerca de 1,1 mil estudantes de 22 escolas municipais de Salvador assistiram, na tarde da quinta-feira (17), no Teatro Castro Alves (TCA), a estreia mundial do espetáculo de dança do Balé Folclórico da Bahia (BFB), intitulado “O Balé que Você não Vê”. Além disso, os alunos também conferiram a exposição “O Olhar do Tempo”, que revisita a história de 34 anos do BFB através de vídeos, fotografias, adereços e dos figurinos utilizados pelo grupo baiano em suas apresentações.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal da Educação (Smed) e o BFB, iniciada no primeiro semestre deste ano. De acordo com a professora de música e técnica da Gerência de Currículos da Diretoria Pedagógica da Smed, Márcia Siqueira, este é um momento muito importante na vida desses estudantes, que têm a oportunidade de ver o lançamento global de um espetáculo do BFB numa sessão exclusiva para eles em pleno Novembro Negro.

“É uma imersão cultural no universo da dança, da música, do teatro, um verdadeiro deleite artístico, marcado pela africanidade, que é fundamental para a afirmação da identidade dos meninos e meninas”, disse.

Para Vavá Botelho, fundador e diretor do BFB, possibilitar o contato com o trabalho do grupo artístico que ele dirige, e que é um dos principais representantes da cultura da Bahia no mundo, pode se revelar uma experiência formadora inesquecível para o começo da vida das crianças e adolescentes.

“O BFB tem 34 anos de um trabalho feito com muita pesquisa e excelência para a manutenção e promoção da cultura afro-baiana no mundo todo. Nos apresentamos em mais de 30 países. Formamos mais de 800 artistas, entre bailarinos, musicistas, cenógrafos, figurinistas, sendo que 80% deles atuam profissionalmente. Então, quando a gente traz esse repertório para a educação dos estudantes, nós incentivamos que eles possam, inclusive, entender o significado da consciência negra melhor e lutar contra o racismo e pela igualdade racial com ainda mais eficácia que as gerações anteriores”, destacou.

Vavá explicou que o espetáculo “O Balé que Você não Vê” é composto por três coreografias inéditas, que adicionam elementos de balé clássico, dança moderna e contemporânea, hip hop e funk ao estilo do BFB, tradicionalmente conhecido por expressões da cultura popular, como a puxada de rede, o maculelê, o samba de roda e a capoeira.

Representações – A primeira apresentação, criada pela coreógrafa e bailarina Nildinha Fonseca, é intitulada “Okan”, que significa “coração” em iorubá, e representa o papel da mulher negra para a condição humana. “Bolero”, de Carlos Santos, mostra ao público a visão do grupo sobre a obra de Maurice Ravel. Por fim, o “2.3.8.”, de Slim Mello, recria as lembranças do coreógrafo no trajeto entre Plataforma, o bairro onde residia, e o Pelourinho, a bordo do ônibus da linha 238.

Aluna do 9º ano da Escola Municipal Adroaldo Ribeiro Costa, situada no Resgate, Bruna Marques, de 15 anos, conta que é a primeira vez que ela frequenta o teatro com a escola. “Já tinha ouvido falar do BFB, mas não conhecia direito e nem tinha pesquisado. A experiência é muito incrível. São roupas e movimentos de dança que a gente não vê muito no dia a dia da sociedade, mas que realmente existem e que surgem de maneira mais ou menos espontânea no espetáculo. Muito bom de verdade”, exclamou a estudante.  

Criado: 18 Novembro 2022

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