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Árvores são podadas para combater ação de parasitas

Por conta da infestação por pragas como a erva-de-passarinho, que leva a sua hospedeira à morte, a Prefeitura tem realizado podas em árvores localizadas em diferentes pontos da cidade.  O trabalho é realizado através de uma parceria entre a Secretaria Cidade Sustentável (Secis), a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) e a Superintendência de Conservação e Obras Públicas do município (Sucop) e, em alguns casos, exige a retirada de toda a folhagem da planta para que ela possa voltar a se recuperar totalmente a ter uma vida saudável.

 

Antes da ação, técnicos da Secis, Sucop e Limpurb realizaram uma avaliação agronômica nas praças e avenidas de vale, levantando a situação da arborização de Salvador. O resultado mostrou que a vegetação está muito afetada por pragas e doenças, principalmente erva-de-passarinho, cochonilha, broca, pulgão, ácaro, ferrugem e cupim. Nas praças ainda há o problema dos roedores. De acordo com o diagnóstico, os problemas detectados são conseqüências de anos de indiferença e falta de sensibilidade dos poderes públicos com a questão do verde.

 

“As árvores das áreas públicas da cidade ficaram muito tempo negligenciadas, sem manutenção ou podas. Isso permitiu o grande desenvolvimento das pragas. Por isso, a poda radical é necessária. Ou fazemos isso ou a árvore acaba morrendo. Nosso trabalho é fazer a profilaxia para que a planta tenha uma sobrevida e possa se desenvolver de forma saudável”, diz o diretor de Manutenção e Conservação da Sucop, Luciano Sandes.  

 

 

 

 

 

Como resultado da avaliação, as avenidas ACM, Juracy Magalhães Júnior e Anita Garibaldi e os vales do Canela e de Nazaré, já com trabalhos de requalificação paisagística iniciados, sofrerão intervenções de poda e até erradicação pela presença dessas pragas e parasitas. “As árvores erradicadas serão repostas de imediato, dando preferência às espécies nativas, a exemplo de chuva de ouro, ipês, pau-brasil, pau-ferro, quaresmeira e outras com porte médio, copa globosa e inflorescência densa, além de sistema radicular pivotante, para evitar danos nas calçadas”, explica o assessor técnico da Limpurb e um dos responsáveis pela elaboração do diagnóstico Telmo Gavazza.

 

Erva-de-passarinho – Uma das pragas que mais danos causam á vegetação é a erva-de-passarinho. Trata-se, na verdade, de uma família de plantas parasitas que é disseminada de uma árvore a outra através do excremento dos passarinhos. Os pássaros se alimentam da semente da planta e fabricam suco gástrico que favorece sua germinação. A erva é de difícil combate, pois suas raízes penetram no caule e nos ramos das árvores hospedeiras. Após a contaminação, o tempo de vida da árvore depende de sua espécie, da qualidade do solo e de seu nível de estresse, que está ligado a danos na calçada próxima ao local onde esteja fixada e ao nível de poluição do ar no lugar onde vive.

 

O subsecretário da Secis, André Fraga, destaca que a presença da praga exige, além da poda radical da árvore, a aplicação de adubo e fertilizante, de modo a acelerar seu processo de recuperação. “Muitas pessoas não entendem o processo, mas, muitas vezes, a poda radical é o único recurso para salvar a árvore, permitindo que viva de forma saudável e por muito mais tempo”, explica Fraga. 

 

O subsecretário da Secis ressalta que, visando a revitalização e recuperação do patrimônio arbóreo de Salvador, o prefeito ACM Neto lançou a meta de plantio de 100 mil árvores ao longo da gestão, fator preponderante para a promoção da sustentabilidade na capital baiana.

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