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Audiência pública discute impactos ambientais do BRT

Uma audiência pública foi realizada nesta sexta-feira (30) para apresentação do estudo e relatório de Impacto Ambiental (EIA e Rima) do projeto do BRT que tornará mais rápida e eficiente a circulação de coletivos entre trecho Lapa/LIP, com reflexos em toda a cidade. A reunião, que aconteceu no auditório do Parque da Cidade, contou com a presença do secretário municipal de Urbanismo e Transporte, Fábio Mota, dos técnicos responsáveis pelo projeto do BRT, do EIA e Rima, além dos representantes da sociedade civil interessados em conhecer e discutir as propostas para melhoria da mobilidade da cidade e seus impactos do ponto de vista da sustentabilidade.  

 

“Estamos cumprindo a legislação e apresentando à sociedade civil os estudos relativos à implantação do novo modelo de transporte para que ela possa contribuir com novas propostas”, afirmou o secretário Fábio Mota, destacando que o BRT será um marco na melhoria do transporte público de Salvador.

 

No início da audiência, o coordenador do BRT, Roberto Moussallem, apresentou o projeto cujo objetivo é elevar a qualidade do transporte público de Salvador, atraindo cada vez mais usuários e reduzindo a circulação de veículos individuais motorizados. A proposta prevê a criação estações elevadas, eliminando cruzamentos, viadutos, vias fechadas e exclusivas. O sistema será integrado a outros dois corredores, um que ligará a Pituba à Orla e outro do Comércio à Pituba. 

 

 

“Por conta da sua topografia, da explosão demográfica e do crescimento desordenado, ao longo dos anos, a cidade acumulou uma série de problemas na área de infraestrutura e um dos principais diz respeito à mobilidade urbana. Por outro lado, temos um transporte público com vários problemas que só usado por quem não pode fugir dele. Com o BRT, queremos não apenas soluções para os problemas que temos hoje, mas oferecer um transporte público de qualidade que atraia, inclusive, quem hoje anda de carro”, explicou Roberto Moussallem.

 

Segundo ele, o trecho Lapa/LIP foi escolhido para intervenção depois de um estudo mostrar que o trecho é o de maior concentração de usuários do transporte coletivo. A expectativa é que, após a conclusão do projeto, a distância entre as duas áreas seja percorrido no tempo médio de 16 minutos, com ônibus circulando com pontualidade, utilizando uma velocidade entre 30 e 40 km.

 

O EIA e Rima foram apresentados pelo engenheiro Lenon Sol Marques, responsável pelo desenvolvimento dos dois projetos, realizado através da empresa Ambiente Sustentável Assessoria e Treinamento Ltda. Ele enfocou as análises sobre os aspectos ambientais, de vegetação e fauna, ocupação humana e socioeconômica da área da proposta.

 

Parte do estudo trata da localização do empreendimento, intervenções projetadas, localização das estações, projeto arquitetônico e mão de obra. Também são abordados os impactos positivos e negativos do projeto. “O grande impacto positivo, além de melhoria significativa da qualidade do transporte público será a diminuição das emissões de poluentes pois teremos menos veículos circulando, em função de eficiência do novo sistema. Creio que os impactos negativos, inerentes a qualquer obra, serão suplantados pelos resultados futuros”, argumentou Lenon Marques.

 

O engenheiro destacou que outro aspecto importante da obra é que sua execução não vai exigir desapropriações, reduzindo significantemente, seu custo social e financeiro. Segundo ele, em alguns pontos será necessário fazer o tamponamento de canais. “O novo Código Ambiental prevê que, em casos de utilidade pública, são permitidas intervenções, mesmo áreas de preservação ambiental”, colocou Lenon Marques.

 

No final da apresentação, que contou ainda com a participação do diretor de Licenciamento e Fiscalização Ambiental da Semut, Manoel Mendonça, e da representante da Procuradoria Geral do Município, Silvia Azevedo, foi realizado um debate com o público.

 

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