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Aulas do Afroestima capacitam para o turismo étnico-afro em Salvador

As aulas do projeto Afroestima Salvador, plano educacional gratuito, voltado ao turismo étnico-afro, tiveram início nesta semana. A iniciativa integra um dos eixos do Plano para o Desenvolvimento do Turismo Étnico-Afro municipal e visa fortalecer o afroempreendedorismo, fomentar a inovação e valorizar a cultura da capital. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), por meio do Prodetur.

A guia de turismo Vera Cristina Andrade está participando das atividades do Afroestima, realizadas no Museu Eugênio Teixeira Leal, no Pelourinho. Ela destacou que os conteúdos abordados no curso estão mudando seu olhar sobre a cidade e vão elevar a qualidade do serviço que oferta ao visitante da capital baiana. “Estou ensinando e conhecendo a experiência do outro. Não conhecia o turismo étnico. As aulas têm sido fantásticas”, descreveu.

Para o historiador e educador do projeto, Murilo Fiscina Simões, o curso traz um aspecto formador importante para os profissionais. A proposta é que os alunos reflitam sobre a ancestralidade e desenvolvam juntos saberes, unindo as diversas bagagens que cada um trouxer para a sala de aula.

“Estamos exercitando para que, no final do ciclo, o processo de aprendizado não se feche. O conhecimento vai continuar sendo construído por eles, atuando como agentes multiplicadores. Mais importante que aquilo que os alunos vão levar daqui, é como vão transmitir esses saberes para aqueles que estão no setor turístico”, pontuou.

Impacto – Baiana de receptivo e artesã, Shirlei Souza ingressou no Afroestima com o intuito de expandir seus conhecimentos sobre o comportamento do consumidor, como forma de ofertar um diferencial no seu serviço. A artesã também está participando da atividade no núcleo do Pelourinho.

“Eu já trabalho na rota do turismo e me sento agraciada em poder sair daqui com mais conhecimento. Gostei muito da dinâmica usada pelo professor, porque nos mostrou que é preciso ter mais empatia”, afirmou.

Atenta às oportunidades, Shirlei expôs algumas das peças de bijuteria que ela produz, na plataforma do AfroBiz. Através do marketplace (www.afrobizsalvador.com.br) da Prefeitura é possível fazer a divulgação e mapeamento de produtos e serviços, disponíveis a investidores e consumidores do Brasil e do mundo.

Capacitação – Por meio do Afroestima serão ofertados 13 módulos de capacitação, divididos em trilhas de aprendizagem. Os encontros estão ocorrendo nos formatos on-line e presencial, com ações previstas para acontecer nas regiões do Centro Antigo, Rio Vermelho, Itapuã/Orla Norte e ilhas de Maré, Bom Jesus dos Passos e Frades.

Ao todo serão quatro meses de formação. No dia 9 deste mês, o grupo do Pelourinho terá uma palestra sobre saúde da população negra. No dia seguinte (10), a temática da palestra será “Afroempreendedorismo – para além do turbante e do tabuleiro”.

O titular da Secult, Fábio Mota, afirmou que o programa é essencial para que os profissionais possam explorar o segmento turístico de forma assertiva. “Para que Salvador tenha competitividade e esteja apta a receber bem o turista, é preciso capacitar e profissionalizar, para depois entrar no segmento”, reforçou.

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