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Codecon fiscaliza a venda dos itens do caruru em feiras e mercados

O mês de setembro é conhecido pela tradição da oferta do caruru dedicado aos santos Cosme e Damião. Por isso, a Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), vem promovendo uma série de ações de fiscalização de preços dos itens da iguaria em feiras e mercados da cidade, dentro da Operação Caruru 2022. 

Segundo o diretor-geral da Codecon, Humberto Viana, a Operação Caruru acontece no período em que a busca pelos ingredientes aumenta na cidade inteira. Além da fiscalização geral, para ajudar o consumidor a economizar, a Codecon faz pesquisa de preço em feiras e mercados, que neste ano será divulgada na quinta-feira (22), nas redes sociais do órgão. 

A pesquisa é realizada anualmente, tanto para verificar a variação de preço dos itens do caruru, como também as condições de consumo e armazenamento desses produtos. Os principais itens verificados são o azeite de dendê, que está saindo em média por R$15 o litro; o quiabo, por R$20 o quilo; o camarão seco, que chega a R$40 por quilo; a castanha, o item mais caro, por R$70 o quilo; além do leite de coco, feijão fradinho e coco seco. 

Variação de preços – No Centro de Abastecimento de Paripe, na Avenida Afrânio Peixoto, 17 boxes foram visitados pelos fiscais do órgão esta semana. A feirante Marlene Sales, de 71 anos, há mais de 30 atua no local. Segundo ela, quanto mais perto das festas, como Semana Santa e Dia de São Cosme e Damião, mais caros os produtos ficam. 

“Nem falo mais nada, eu compro hoje e amanhã está muito mais caro. O quiabo mesmo, custa normalmente R$220 o saco, que vem aproximadamente 1,2kg, com quiabo graúdo. De sexta-feira (23) em diante, capaz de eu pagar R$250”. 

O comerciante Benício Bispo trabalha desde 1995 em um pequeno mercado, que vende produtos diversos, não perecíveis. “A fiscalização da Codecon ajuda muito a verificar o preço, a qualidade. Aprovo tanto como vendedor como consumidor. Aqui vendo mais azeite de dendê, leite de coco e a bala de mel, mas a frequência está meeira ainda. Espero que a tendência seja melhorar até o final da semana”. 

O vendedor Marco Antônio atua na feira há oito anos. Aos 38 anos, ele conta que nessa época sempre se surpreende com o aumento. Na banca dele, estão expostos produtos como camarão seco, azeite de dendê, castanha e outros itens. “O valor aumenta para mim e preciso repassar. O camarão, eu compro de R$36 o quilo e revendo por R$40. No restante do ano, pago R$32, R$33. O azeite, pego de R$10 o litro. Há quatro anos, pagava R$ 7. Todos os preços tiveram um disparo terrível, mas está dando para vender”. 

Irregularidades – A dona de casa Edilene Luz mora em Alto de Coutos e frequenta sempre a feira. “Se deixar, venho quase todo dia. Não sou muito de caruru, mas consumo quiabo e sinto a diferença no valor. Tudo que tem relação com esse período, eu percebo que sobe. Hoje, paguei R$4 em 20 quiabos. Mas antes, com esse valor, comprava até 50 unidades”. 

A aposentada Maria Nilza Reis é moradora de Paripe e sempre faz caruru. “Conto com a ajuda da família, mas não deixo de fazer. Eu ia comprar o gengibre aqui, mas já achei mais caro, então vou para outro local. O quiabo também está um absurdo, mas com jeitinho, a gente faz. Não posso deixar a tradição de lado”. 

Os comerciantes flagrados vendendo produtos de modo irregular geralmente são notificados com advertência pela Codecon, para que regularizem a situação. No entanto, quando se trata da comercialização de produtos com o prazo de validade vencido, é aplicado um auto de infração com previsão de multa, que varia conforme a receita dos últimos três meses do proprietário autuado.

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