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Com viagem pelo Centro da cidade, Salvador testa ônibus elétrico

 

Com uma viagem de ida e volta entre a Praça Tomé de Souza (Praça Municipal) e o Campo Grande, Salvador se tornou a segunda cidade brasileira a testar o modal do ônibus elétrico. O experimento foi promovido pela Prefeitura em parceria com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Seteps) e a empresa chinesa Build Your Dreams (BYD), fabricante desse tipo de veículo. O objetivo é buscar inovações que melhorem a qualidade de vida da população da capital baiana que pleiteia uma vaga no C40 (Cidades do Grupo de Liderança em Clima), grupo dos municípios do mundo mais comprometidos com a promoção do desenvolvimento sustentável.

 

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A viagem contou com a participação da imprensa, dos secretários municipais de Cidade Sustentável (Secis), Ivanilson Gomes, de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, além de representantes da BYD e do Seteps. O ônibus testado vai circular de 3 a 21 de deste mês, pela empresa Rio Vermelho, no trajeto entre o Aeroporto e a Estação da Lapa, ligando dois pontos muito movimentados da cidade. Os passageiros vão pagar a tarifa convencional de R$ 2,80.

 

Silencioso, o veículo possui uma autonomia de 250 km com um período de carregamento de quatro horas, capacidade para 76 passageiros e está adaptado às normas de acessibilidade, possuindo rampa de acesso e área específica para cadeirante.

 

Segundo o secretário Ivanilson Gomes, o período de teste visa sensibilizar as empresas de ônibus sobre as vantagens do modelo de transporte alternativo. “Os ônibus elétricos têm vários aspectos interessantes, além de não consumir diesel nem poluir. Seu desempenho é semelhante aos modelos tradicionais, até com alguns ganhos. Pelo que já foi testado, seus freios respondem mais rápido e eles sobem ladeiras como mais facilidade, o que muito importante para uma cidade como Salvador”, afirma.

 

O entrave para a adoção dos veículos é o alto custo das baterias que alimentam o sistema. Estima-se que um ônibus convencional custe hoje de R$ 350 mil a R$ 500 mil, enquanto o modelo elétrico fique em torno de R$ 800 mil. “O custo desse tipo de veículo ainda é alto, mas hoje são realizadas pesquisas em todo mundo sobre baterias. O foco desses estudos são a capacidade das baterias, sua vida útil e o seu custo. Tudo isso deve resultar na redução do valor dessa tecnologia. É importante também termos fontes seguras para o fornecimento da energia que será utilizada nos veículos”, explica o secretário Aleluia, lembrando que a sustentabilidade permeia a busca pelo desenvolvimento em todo mundo moderno.

 

No Brasil, até agora só São Paulo e Salvador testaram o modelo do ônibus que já foi adotado em cidades como Los Angeles e Nova York. Segundo o diretor do grupo C40 no Brasil, Adalberto Maluf, Bogotá, a Colômbia acaba de adquirir 750 unidades. No Brasil, a capital paulista será a pioneira no uso do modelo. São Paulo, assim como Rio Janeiro e Curitiba, já faz parte do C 40, grupo ao qual Salvador já enviou proposta para ter acesso.

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