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Encontro virtual dá início à programação do Março Mulher

Uma live, na manhã desta sexta-feira (4), deu início à programação do Março Mulher 2022 – Saúde para todas as mulheres. A abertura do encontro, que teve como tema “Mulher Negra na Ciência: contribuições para a saúde pública e desafios no cenário epidemiológico do Coronavírus”, contou com a participação do secretário de Saúde, Léo Prates, e da secretária de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), Fernanda Lordêlo, além da biomédica Jaqueline Góes, integrante da equipe que mapeou os primeiros genomas da Covid-19.

Na ocasião, o secretário Léo Prates falou sobre a realização de mais um Março Mulher com ações afirmativas na saúde. O gestor afirmou que a intenção é oferecer uma ação inédita, em defesa da saúde da mulher em Salvador. “A secretaria está se integrando em rede com a SPMJ, para combater a violência contra a mulher, promovendo ações durante todo o ano”, lembrou.

Prates destacou o projeto Mãe Salvador, voltado para gestantes do município, que evoluiu de mil atendimentos pré-natais para sete mil, desde o seu início. Ele ressaltou as ações de atenção à saúde das mulheres trans, garantindo a igualdade para todas. 

Já a secretária Fernanda Lordêlo avaliou a programação deste ano como de excelência, com diversas ações sendo desenvolvidas, voltadas para a saúde da mulher. “Este Março Mulher foi pensado para trazer dignidade, fortalecimento e autoestima”.

Lordêlo elogiou a participação da biomédica Jaqueline Góes, convidada para a abertura do mês e que ocupa um espaço na ciência, representando as mulheres no trabalho. “Iniciamos hoje com a palestrante Jaqueline Góes, que é um orgulho, mulher negra, cientista baiana que nos honra em estar nessa tratativa da Covid-19 e em um time que respondeu rápido, nas pesquisas relacionadas à temática. Um grande exemplo de mulher a se seguir”, reiterou.

Inspiração – A biomédica destacou a presença da mulher negra na ciência e falou da data fixada pelas Nações Unidas, que definiu o dia 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. “Até pouco tempo, se aceitou a baixa representatividade das mulheres, mas isso tem sido questionado cada vez mais. Ocupar determinados espaços, que não são previstos na sociedade, é uma forma de militância. Dessa forma, posso ser inspiração para outras”.

Ao encerrar a fala, Jaqueline falou da emoção e da felicidade de ter conseguido ‘furar a bolha’ e fugir das estatísticas. “Me sinto feliz e privilegiada de ter conseguido chegar onde cheguei. Mais do que isso, sinto gratidão por todos que formam minha rede de apoio, família, colegas de trabalho e toda a estrutura dos que vieram antes e abriram os caminhos”, disse.

Ela falou também que o seu objetivo hoje é ser canal para outras mulheres, de poder abrir oportunidade para que outras pessoas possam alcançar esse lugar de realização pessoal, profissional, com um reconhecimento daquilo que essas pessoas são por natureza. Ao falar da relação com Salvador, sua terra natal, a cientista afirmou que Salvador é sua casa do coração. “Nasci e cresci aqui e é o local para o qual tenho interesse em trazer, sempre que possível, minhas contribuições, o conhecimento adquirido. A minha perspectiva é trazer esse investimento de volta para a minha terra”.

Programação – Formado por ações e serviços intersetoriais, o Março Mulher se estende ao longo de todo o mês, com atividades em diversos pontos da capital baiana. Dentre as ações de atenção à mulher oferecidas estão serviços municipais de diagnóstico e prevenção ao câncer de mama e de colo do útero.

Dentre as atividades, o Center Lapa recebe o programa A Voz da Mulher, de 7 a 11 de março, que envolve ações de saúde, como atendimento clínico, aferição de sinais vitais, testagens e ações preventivas. Além disso, no dia 10 de março, às 14h, ocorre uma palestra sobre prevenção do câncer de colo de útero e mama, com a enfermeira Dandara Santos Silva.

O Shopping da Bahia também integra a iniciativa recebendo, de 7 a 24 de março, atividades como exposições fotográficas, orientação através do programa Alerta Salvador, da SPMJ, empreendedorismo feminino, atendimento clínico e palestra sobre prevenção ao câncer de colo de útero e mama.

A iniciativa engloba ainda o reforço na atenção às mulheres, em 60 unidades de saúde, incluindo pelo menos um sábado ao mês; ações de atenção especializada, itinerantes e de enfrentamento à violência; urgência e emergência; Rede Cegonha; informações acerca do Programa Mãe Salvador; e ampliação de cirurgias eletivas e exames, voltados à saúde sexual e reprodutiva, dentre outras atividades.

Mulheres cisgênero heterossexuais, lésbicas e bissexuais, com idades entre 25 e 64 anos, vão poder realizar exames preventivos a cada três anos; já as de 50 a 69 anos farão mamografia a cada dois anos. Mulheres transexuais e travestis podem desenvolver câncer de mama, logo, também devem procurar avaliação médica.

 

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