Novo estudo sobre a situação da dengue em Salvador, quando foram visitados mais de 136 mil imóveis, revelou a redução de 50% do Índice de Infestação Predial (IIP), de 4,2% em junho para 2,1% este mês.
O resultado, que caracteriza a cidade em alerta para ocorrência de uma epidemia da doença, pode ser atribuído às intensificações das atividades do Centro de Controle de Zoonoses casa a casa, além dos mutirões de limpeza realizados entre os meses de julho e agosto em seis Distritos Sanitários prioritários no combate à doença por registrarem alto índice de infestação: São Caetano/Valéria, Subúrbio Ferroviário, Boca do Rio, Cabula/Beiru e Pau da Lima.
Durante os mutirões, realizados em parceria com outros órgãos da Prefeitura, foram recolhidas das ruas e dos 2.800 imóveis visitados quase 520 toneladas de lixo e materiais inservíveis, além dos 4.500 depósitos de larvas tratados e 5.100 outros eliminados.
De acordo com o secretário Municipal da Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, o levantamento servirá para nortear as próximas ações executadas pela pasta. “Ainda estamos com um índice acima do ideal, por isso o alerta continua aceso. A redução de 50% do índice de infestação mostra a importância de complementarmos as atividades do CCZ com a realização dos faxinaços, que serão intensificados agora em áreas ainda vulneráveis à proliferação do mosquito aedes aegypti. O trabalho contra a dengue deve ser contínuo, por isso também é importante que a população se mantenha vigilante e colabore com o poder público”, afirmou.
De acordo com o estudo, 19 bairros distribuídos por sete Distritos Sanitários (dos 12 existentes) apresentam situação crítica, com elevado risco para ocorrência de uma epidemia da dengue. Em todos eles, o índice de infestação está acima de 4%.
Áreas críticas:
Itapagipe: Bairro Machado (6,7%), Boa Viagem (6,8%), Caminho de Areia (4,4%), Roma (5,9%).
São Caetano/Valéria: Alto do Cabrito (6,2%), Bom Juá (5,2%), Bela Vista do Lobato (7,0%), Largo do Tanque (10,8%), Santa Luzia (8,9%).
Barra/Rio Vermelho: Ondina (6,0%).
Boca do Rio: Stiep (4,7%).
Cabula/Beiru: Calabetão (7,2%).
Pau da Lima: Bosque Real (5,5%), Brasil Gás (4,4%), Canabrava (5,0%), Coroado (4,5%), Porto Seco Pirajá (6,6%).
Subúrbio Ferroviário: Itacaranha (5,6%), São Tomé (6,5%).