Depois de sete anos de inatividade, a Comissão de Análise de Interferência (Cadin) – criada para deliberar assuntos relacionados à publicidade exposta ao público – foi restituída e teve nesta quinta-feira (14) a primeira sessão de análise e decisões. Prevista no decreto 12.642/2000, a comissão é formada por técnicos da Prefeitura e representantes do mercado publicitário e tem por objetivo analisar situações que não estão previstas na legislação municipal. “A Cadin é um espaço de diálogo, que aprofunda as discussões até chegar a um consenso. Por ter poder de deliberação, as decisões tomadas passam a valer para todos os casos similares”, afirma Silvio Pinheiro, superintendente de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município.
A presidente da Cadin, Inez Fonseca, gerente de Atividade e Publicidade da Sucom, explica que o foco dos debates é garantir que inovações em publicidade não causem impactos negativos à paisagem urbana e ao trânsito. “Ao mesmo tempo que não podemos permitir a poluição visual, temos que encontrar alternativas que abarquem as novas ideias desse setor”, argumenta. Para Bruno Barbosa Guimarães, presidente do Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior da Bahia (Sepex-Ba), essa discussão entre o poder público e o setor é salutar e necessária. “É um diálogo técnico e democrático, que traz diferentes visões e que busca um ponto de equilíbrio”, afirma.
Uma das primeiras deliberações da Comissão, trata dos painéis eletrônicos publicitários em caminhões. Decidiu-se por seguir com a proibição desse tipo de engenho em Salvador, prevista no decreto 23.907/2013. “Essa decisão teve como base os impactos no trânsito, bem como os aspectos urbanísticos e visuais”, informa Jorge Eduardo Simões Viegas, técnico de Projeto e Planejamento de Trânsito da Transalvador. Fazem parte, ainda, da Cadin o diretor de Publicidade da Prefeitura Municipal, Mateus Simões, e Renato Tourinho, presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade, seção Bahia (Abap-Ba).
