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Recriação da obra de Jorge Amado enriquece o Festival da Cidade

Artistas consagrados do teatro baiano participam da montagem Compadre de Ogum, em cartaz na Igreja Primeira de Santana, no Rio Vermelho, entre os dias 24 e 30 de março, sempre às 20h. A encenação – dirigida e adaptada por Edvard Passos (Aventuras do Maluco Beleza e A Voz do Campeão) – integra a programação do Festival da Cidade, série multicultural em homenagem ao aniversário de 465 anos de Salvador.

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“Fico extremamente feliz de poder prestar essa homenagem a Salvador e a Jorge Amado dessa forma: bem diante de sua estátua, no bairro em que ele escolheu para viver, através de uma expressão artística grafada e exposta no tecido urbano, fora da caixa cênica convencional”, afirmou Edvard Passos. Os ingressos poderão ser trocados por um quilo de alimento não-perecível que será doado às obras sociais da Paróquia de Santana.

Para o presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro, “esse espetáculo deve ser um dos pontos altos do Festival, tanto pela qualidade do texto e da montagem quanto pelo local onde ele será encenado”. Compadre de Ogum integra uma trilogia – Os Pastores da Noite – em que Jorge Amado declara como seu objetivo narrar histórias de personagens saídos das ruas soteropolitanas. “Jorge Amado puxa da memória, pois habitou a cidade no período em que desenvolve sua história, os aspectos e os personagens que conhecia e que sabia com clareza, pois no instante de sua escrita já estava no futuro”, completa o diretor.

Participam do espetáculo jovens do Cortejo Afro, que simultaneamente integram o elenco da peça e executam a trilha sonora. No elenco, Diogo Lopes Filho (A Bofetada, As Noviças Rebeldes, Vixe Maria: Deus e o Diabo na Bahia) e Zé Carlos Junior (Volpone, Os Iks, Vixe Maria: Deus e o Diabo na Bahia), tendo a companhia de representantes da nova geração, tais como Alan Miranda (+1 Filmes), Danilo Cairo (Amnésis), Luisa Muricy (Outra Tempestade), Leandro Villa (Amor Barato), Amós Heber (Ó Paí Ó), Everton Machado (Barrela), Thais Laila (Aventuras do Maluco Beleza).

O texto é uma curta e divertida trama sobre a convivência de credos e diversidade étnica em Salvador, mas principalmente sobre o valor da amizade verdadeira. Seu maior conflito é protagonizado pelo biscateiro Massu das Sete Portas: um homem negro que, com a ajuda de amigos, organiza o batizado na igreja de seu filho branco e cujo padrinho é um orixá.

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