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Salvador conta com mais um espaço artístico

 

“Abençoada seja a Barroquinha. Espaço do nosso tempo, feito pelas nossas mãos”. Com essas palavras, pronunciadas pela atriz Arany Santana, ao som da orquestra Afrosinfônica, foi oficialmente aberto na noite desta quinta-feira (08) o Espaço Cultural da Barroquinha, localizado no Centro Histórico, na presença do prefeito ACM Neto, do secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura (Sedes), Guilherme Bellintani e do presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), Fernando Guerreiro. A obra, que durou aproximadamente um ano, custou R$ 250 mil. 02ESPACOCULTURAL

O prefeito ACM Neto lembrou que a requalificação do espaço é fruto e uma política cultural consistente para o Centro da cidade. Neto também destacou que nesse ano os investimentos na área cultural são da ordem de R$ 40 milhões, frente aos R$ 500 mil praticados em 2012. “Esse é um espaço importante que estava sem nenhuma condição de funcionamento, e que agora se reposiciona no cenário cultural. Isso demonstra que a Barroquinha começa a renascer com a entrega do espaço recuperado e as obras de recuperação do entorno, que começarão ainda essa semana”, acrescentou.

O equipamento cultural agora está preparado para receber espetáculos de pequeno e médio porte na sala que homenageia o ator, escritor e compositor Mário Gusmão, assim como exposições, na Galeria Juarez Paraíso. O local também se destaca como um Centro de Convergência da Cultura Negra na Cidade de Salvador. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), o espaço preserva na arquitetura características da sua construção original. O prédio passou por uma reestruturação na rede elétrica, incluindo a iluminação cênica, hidráulica e de esgotamento sanitário, além de serviços de vidraria e pintura. Foi instalado também um moderno sistema de proteção contra incêndio.

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História – A Igreja Nossa Senhora da Barroquinha foi construída no século XVIII e administrada pela  Irmandade de Nossa Senhora da Barroquinha, composta por confrades brancos pobres. Mais tarde, o controle do local foi compartilhado com a Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Martírios, cujos membros eram negros e pertenciam à nação Ketu. Posteriormente, eles fundaram assentamento situado atrás do templo. Nesse lugar foi construído o Candomblé da Barroquinha, antecessor do terreiro Ilê Axé Iyá Nassô Oká. Na década de 1850, a região da Barroquinha sofreu processo de grande urbanização, fato que impediu a continuidade do terreiro, que precisou ser retirado do local. Após ser instalado em diversos locais da cidade, estabeleceu-se definitivamente no Engenho Velho da Federação, bairro onde atua até hoje.
 
Em 1984, a construção foi praticamente destruída por um incêndio. A partir de 1991, a Fundação Gregório de Mattos, em parceria com a Arquidiocese de Salvador, elaborou o projeto de restauração da igreja para ser submetido à Lei Federal de Incentivo à Cultura, buscando transformar as ruínas em um centro de cultura. Em 2002, foi assinado um contrato de patrocínio com a Petrobras para a execução da primeira etapa das obras de recuperação do templo católico. Sete anos depois, em 2009, após ampla reforma, recuperação e restauro das ruínas da Igreja, o Espaço Cultural da Barroquinha foi entregue ao público pela Prefeitura. No ano passado, o espaço  foi novamente fechado para receber algumas intervenções e melhorar a sua estrutura. Agora, foi devolvido à população.

 

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