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Salvador é a primeira cidade no combate ao racismo institucional

 

Neste mês de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra (20) e a Prefeitura do Salvador está com uma agenda afirmativa diluída nas comunidades, em comemoração à data. Em um desses eventos estão os dez anos de criação da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), que hoje tem um papel articulador contra o racismo refletido em todas as políticas públicas implantadas na capital baiana. O trabalho é realizado de forma transversal, a exemplo das áreas de saúde e educação, com destaque na reparação e proteção dos direitos dos indivíduos de grupos raciais e étnicos. A ênfase é na população negra, afetada pela discriminação racial e demais formas de intolerância.

 

RACISMO2011

O contexto favoreceu a implantação de diversas ações, a exemplo do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), ação pioneira no Brasil de combate ao racismo interno. “É cortar na própria carne. A faxina começa pela própria casa”, ressalta a secretária municipal da Reparação, Ivete Sacramento. O PCRI é tido como o carro-chefe do órgão hoje. “Assim, todas as secretarias, superintendências, fundações e empresas participam do programa, embora as ações nas áreas da saúde e educação tenham ênfase”, declara Ivete Sacramento.

 

Selo da Diversidade – Outro exemplo que tem dado resultados é o Selo da Diversidade Étnicorracial, que foi criado para outorgar empresários de Salvador voltados para a promoção da equidade racial. Já na sétima edição em 2013, tem reconhecido exemplos como a ação desenvolvida na empresa Morais de Castro Produtos Químicos, que funciona no Porto Seco Pirajá, na BR-324, e que, de acordo com a representante da empresa, Delma Trindade, possui uma gestão participativa que visa o desenvolvimento das pessoas, valorizando sempre o potencial de cada colaborador, independente da raça ou etnia.

 

“Hoje o Selo da Diversidade é motivo de orgulho para a empresa. Fazemos questão levar a existência da iniciativa ao conhecimento dos nossos parceiros, clientes e fornecedores. Incluímos o Selo em nosso pacote de programas de responsabilidade social para ampliar a sua divulgação no mercado e motivar outras empresas a fazerem parte dele”, ressaltou Delma. Ela também parabeniza a Prefeitura pela iniciativa, “por incluir pessoas com equidade na sociedade, proporcionando a elas a oportunidade de uma vida em sociedade com dignidade, aumentando por consequência sua autoestima. As empresas e instituições têm a possibilidade de absorver jovens treinados e talentosos em suas organizações. Com essa iniciativa todos tendem a ganhar”, completou.

 

A Semur vem trabalhando também contra outras formas de discriminação, com instalação do Observatório Permanente da Discriminação Racial para detectar casos de racismo na cidade. No Carnaval de Salvador o foco é bem maior, voltado para o combate à violência contra a mulher e contra membros do grupo de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT).

 

Na área da saúde ainda há a atuação no controle e combate às doenças que mais afetam a população negra e, na educação, a obrigatoriedade dos estudos da cultura e história da África e da cultura afro-brasileira e das relações étnico-raciais, com base na Lei nº 10.639/03.  Confira a programação completa da agenda afirmativa no site www.reparacao.salvador.ba.gov.br

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