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Salvador recebe selo de mitigação de mudanças climáticas via alimentação

A capital baiana recebeu, nesta quinta-feira (15), o Selo REMMA (Reconhecimento pelo Engajamento na Mitigação de Mudanças Climáticas através da Alimentação), certificado que é fruto do reconhecimento do programa adotado pela Prefeitura de Salvador, em parceria com o Programa Alimentação Consciente Brasil (ACB) e a Humane Society International (HSI) na rede de ensino. A cerimônia de entrega da honraria ocorreu nesta quinta-feira (15), no Jardim Botânico de Salvador, em São Marcos, com as presenças do prefeito Bruno Reis, do secretário municipal da Educação (Smed), Marcelo Oliveira, e do subsecretário de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), João Resch. 

Em Salvador, a iniciativa impactará mais de 10 milhões de refeições por ano, com mais opções de alimentos saudáveis. O objetivo do programa é incluir uma variedade maior de vegetais, como frutas, verduras, legumes e cereais nos pratos da alimentação escolar, substituindo 20% de ingredientes de origem animal. 

“Se, de um lado, esse programa traz a possibilidade de melhor qualidade da refeição para essas crianças, um trabalho que é um diferencial na nossa gestão, por outro lado estamos preocupados com a questão da sustentabilidade, de reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Esse selo será um estímulo para avançarmos ainda mais, adotando mais medidas com esse propósito”, declarou Bruno Reis. 

A concessão do Selo é o resultado da parceria entre a Smed e a Secis e, conforme Marcelo Oliveira, demonstra o interesse e engajamento em ações que, além de melhorar a saúde das crianças, contribui para tornar o planeta mais sustentável. 

“O programa já está implantado em todas as escolas da nossa rede e tem sido um sucesso de aceitação. Em um dia da semana, as crianças que estudam em turno integral degustam receitas envolvendo cereais, verduras e vegetais, experimentando novas preparações, despertando nelas o interesse por alimentos mais saudáveis. Nas escolas de turno regular, esse cardápio é aplicado quinzenalmente. Este selo é o reconhecimento pelo nosso esforço em implantar com sucesso, e em tempo recorde, o projeto numa rede de ensino da escala de Salvador”, disse o titular da Smed. 

Refeição saudável e sustentável – As receitas foram desenvolvidas de acordo com as necessidades das instituições e aceitação das crianças, considerando a cultura alimentar da região, infraestrutura das cozinhas e as resoluções que as instituições devem seguir, de acordo com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A ideia é que eles entendam a necessidade dessa mudança que vai dar mais possibilidades para as crianças e o mais importante, não vai interferir na nutrição dos pequenos. 

Para a gerente de Políticas Alimentares da ACB, Alice Martins, Salvador tem sido uma referência na realização de ações de sustentabilidade. “Trazer isso para o âmbito da alimentação também está sendo superimportante. Houve um engajamento muito forte das secretarias de Educação e Sustentabilidade e esse trabalho intersetorial tem sido fundamental para o desenvolvimento do projeto”. 

Além do maior impacto em saúde pública, com introdução de nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e fibras, que podem atuar na prevenção de obesidade, doenças como diabetes, a iniciativa pode contribuir para economia de água, diminuição de perda da biodiversidade e redução da emissão de gases do efeito estufa. Para isso, foi realizada capacitação das equipes de cozinha municipal em culinária vegetal que atuam nas 428 escolas e servem 145 mil estudantes da rede municipal. 

Representante da HSI, Thayana Oliveira avaliou que a experiência da capital baiana pode servir de inspiração para outras cidades do país e do mundo, seguindo tratados como o Pacto de Milão e o Acordo de Paris. 

Aprovação – Dentre os alunos que já saboreiam a nova refeição está Daniel Barreto, de 9 anos, que estuda na Escola Municipal Dr. Orlando Imbassahy, em São Marcos. “É uma merenda muito gostosa. O que eu mais gostei foi o sanduíche de feijão branco”, revelou. 

A colega Melissa Sodré, de 9 anos, também aprova a iniciativa. “Tá sendo muito massa, gostei demais e é uma boa ideia para uma alimentação saudável para os alunos”, declarou.

Criado: 15 Setembro 2022

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