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Semps realiza Vestibular Social em terreiro

Pela primeira vez o Vestibular Social, promovido pela Secretaria Municipal dede Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), é realizado em uma comunidade tradicional de Salvador. Nesta quarta-feira (6), 45 candidatos prestaram o exame para cursos das faculdades de Tecnologia e Ciências (FTC) e da Cidade no terreiro Kwe Vodun Zo, no bairro da Liberdade. A ação ocorreu em parceria com a Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-Ameríndia (AFA) e beneficia pessoas de baixa renda, inscritas em programas sociais do governo federal.

 

De acordo com o presidente da AFA, Leonel Monteiro, o primeiro vestibular social realizado em um terreiro proporciona aos religiosos de matrizes africanas, indígenas e à comunidade o acesso ao ensino superior. “Essa iniciativa vai permitir que, no futuro, essas pessoas tenham uma condição de vida melhor. Além disso, é uma forma de combater a intolerância religiosa e o racismo institucional, uma vez que as ações da Semps estão sendo realizadas neste espaço vivo de memória”, completou.

 

 

Por sua vez, o sacerdote do Kwe Vodun Zo de Nação Jêje Savalu, Amilton Costa, considerou este tipo de ação importante porque, segundo ele, não é interessante ter religião sem cultura e sem educação. “É uma forma de incentivo para o crescimento de nossas comunidades”, afirmou.

 

Para Marilene Lima Santos, 29 anos, que pretende cursar Administração, esta é uma oportunidade ímpar para quem tem baixa renda frequentar a Universidade. “Este vestibular pode definir meu futuro como administradora”.

 

Segundo a subsecretária da Semps, Tatiane Matos, à medida que os terreiros solicitem as provas do vestibular social, os exames serão realizados no local. “O sucesso da ação no terreiro Kwe Vodun Zo seguramente será um estímulo para que outras comunidades abram as portas do ensino superior para sua gente. Para realizarmos as provas, em parceria com as universidades, temos que ter um mínimo de 30 candidatos que atendam ao requisito básico, que  é estar inscrito no CadÚnico”, explicou. 

 

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