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Palestra com Luislinda Valois celebra Dia da Mulher Negra

 

A desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia
Luislinda Valois foi a palestrante convidada da Quinta Temática Especial
promovida pelo Centro de Referência Loreta Valadares em homenagem ao Dia
Municipal da Mulher Negra. O evento, realizado no auditório da Secretaria
Municipal da Fazenda, no Centro Histórico, reuniu representantes de diferentes
instituições que atuam em defesa dos direitos da população feminina, a exemplo
da superintendente de Políticas para as Mulheres do município, Mônica Kalile, e
da titular da Delegacia de Apoio à Mulher de Brotas, Maria Alice Pinho.

 

Na sua apresentação, a desembargadora falou das
dificuldades enfrentadas pela mulher negra para sua inserção socioeconômica. "A
mulher negra é a eterna sofredora, quem mais passa por humilhações e sofrimento
em nossa sociedade. Em geral, ela nunca assume postos de decisão, sempre está
em cargos subordinados. Ela também sofre como mãe ao ver seus filhos serem
linchados pela sociedade", afirmou a palestrante, que em 1984 se tornou a
primeira juíza negra do Brasil.

 

Na opinião da desembargadora, a valorização da mulher
negra ocorre de forma muito lenta. Ela destacou o pioneirismo dessas mulheres
que foram as primeiras a empreender no país, quando, após o fim da escravidão,
começou a vender seus quitutes nas ruas. "Todas nós temos que continuar lutando
para acabar com esse sofrimento que conheço tanto na vida pessoal como na vida
profissional", afirmou a Luislinda, mulher que, pelo exemplo de superação,
recebeu o título de Embaixadora da Paz da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Durante o evento, a superintendente de Políticas
para as Mulheres do município, lembrou que o Dia da Mulher
Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o
I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo
Domingos, República Dominicana. "Estipulou-se que este dia seria o marco
internacional da luta e da resistência da mulher negra. Em Salvador, foi
instituído o Dia Municipal da Mulher Negra", disse Mônica Kalile.

 

Segundo Mônica, o objetivo da comemoração de 25
de julho é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras do estado,
construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o
enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais
desigualdades raciais e sociais. "É um dia para ampliar parcerias, dar
visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a
identidade da mulher negra brasileira", colocou.

 

Também participaram do evento a artista
psicanalista e artista plástica Stael Machado e Celina Almeida, gerente do
Centro de Referência Loreta Valadares, instituição vinculada à Superintendência
de Políticas para a Mulheres do município.

 

 

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