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Trotes chegam a 40% das ligações recebidas pela Codesal

 

Das ligações que a Defesa Civil
de Salvador (Codesal) recebe diariamente pelo telefone 199, cerca de 40% são
trotes. A brincadeira de mau gosto resulta em uma série de problemas para o
órgão, que, muitas vezes, desloca equipes inteiras para atender aos falsos
chamados quando poderia estar atuando em local onde exista uma ocorrência real.
Para minimizar os danos, a Codesal vem adotando medidas para coibir os trotes,
que são crimes previstos no Código Penal Brasileiro, com pena de até três anos de
reclusão para o culpado.  

 

"Os trotes representam perda de
tempo, de dinheiro para o órgão e um grande prejuízo para a população, que pode
ficar sem atendimento necessário. No período das chuvas, o percentual de trotes
reduz um pouco, ficando em 34%". Mas isso só porque as linhas ficam muito
congestionadas, explica o diretor-geral da Codesal, Álvaro da Silveira Filho.
Ele diz que mesmo com a maioria das ligações sendo proveniente de telefones
públicos, em alguns casos, é possível localizar o autor.

 

Com o passar do tempo, os
atendentes da Central 199 já conseguem filtrar grande parte dos trotes. Recentemente,
o órgão adotou novas medidas para identificar falsos chamados. Uma delas é
solicitar á população que esteja munido do CPF na hora de fazer a solicitação.
"O documento também é importante por outras questões, porque nos permite
verificar se o demandante já é assistido com outros benefícios, a exemplo do
bolsa-auxílio", afirma o diretor-geral da Codesal. 

 

Um fato pitoresco que, segundo
os atendentes da Central 199, existem pessoas que ligando há mais de 12 anos
para o serviço, como explica a chefe do setor, Maria Vitorina Santos. "Temos
desde pessoas que abordam sexualmente os atendentes a deficientes mentais. Uma
mesma pessoa já nos liga há pelo 12 anos, afirma a chefe da Central,que
funciona durante as 24 horas, todos os dias.

 

De acordo com Álvaro da Silveira
Filho, os casos identificados são encaminhados à polícia, já que o trote é
crime previsto no artigo 266 do Código Penal. "O que queremos é que a população
entenda os trotes causam problemas, especialmente para as pessoas que mais
precisam do serviço da defesa Civil", coloca o diretor. 

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