Logo Prefeitura de Salvador

Xenofobia e racismo no futebol são discutidos em palestra

O racismo e o preconceito presentes em um dos esportes mais populares do mundo foram discutidos na palestra Racismo e Xenofobia no Futebol, realizada na segunda-feira (10), no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na Piedade. Promovida pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur) em parceria com o Escritório Municipal da Copa (Ecopa) e a OAB, a iniciativa faz parte do Observatório Racial na Copa das Confederações e contou com a presença do professor em Direito e pró-reitor de ensino do Centro Augusto Mota, Carlos Alberto Figueiredo Silva, que ministrou a palestra.

 

Na ocasião, foram abordadas situações históricas de discriminação no futebol, como a não convocação de jogadores e técnicos negros em times da 1ª Divisão, termos pejorativos utilizados pela torcida para jogadores afrodescendentes e preconceito quanto a culturas diferentes. De acordo com o professor, uma das saídas para evitar o problema seria o estabelecimento de uma parceria entre governo, universidades e instituições sociais para discussão do tema, estabelecimento de metas e difusão do assunto junto à sociedade.

 

A secretária da Semur, Ivete Sacramento, ressaltou a importância de falar sobre o tema, principalmente devido à proximidade da Copa das Confederações. "Vamos aproveitar a competição para aperfeiçoar nosso trabalho, visando a Copa do Mundo no próximo ano, e voltaremos a falar do combate ao racismo no futebol com outros palestrantes".

 

A sargento da Polícia Militar, Adjane Costa, ficou satisfeita com o debate. "Essa discussão vai contribuir para o meu trabalho durante a Copa, principalmente quanto à abordagem do público que vai conferir a competição. A realização desse tipo de evento é louvável, pois contribui para o maior entrosamento com a população, além desse trabalho da Semur ajudar a estreitar os laços entre a PM e a comunidade", ressaltou.

 

Observatório

Também no encontro foi abordado o trabalho do Observatório Racial na Copa das Confederações, que funcionará nos mesmos moldes da ação realizada há oito anos no Carnaval de Salvador.  O objetivo é mapear dados que comprovem a existência de ações discriminatórias.

 

A ação contará com voluntários cadastrados pelo Ecopa, que servirão como mediadores para relatos, abordagens e informações e se concentrarão no estádio e entorno da arena. No período da competição, a população poderá fazer denúncias de ações discriminatórias quanto ao gênero e raça que possam acontecer nos dias do evento, junto aos observadores ou através do número 156. Os casos serão registrados e a Semur levará as situações para as autoridades competentes, além de produzir o relatório com o balanço das ações.

Skip to content