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Arto Lindsay produz livro conceitual em casarão na Misericórdia

Um livro conceitual que reúne experiências artísticas de várias
linguagens, como música, fotografia, artes plásticas, arquitetura e texto está
sendo produzido num casarão da Ladeira da Misericórdia, no Centro Histórico de
Salvador. São três dias (10 a
12 de junho) de intenso trabalho que vai resultar na publicação que tem título
provisório de Livro para Ouvir. O responsável pelo livro-ação é o multiartista
Arto Lindsay, que realiza a produção para o grupo Capacete, com apoio da
Fundação Nacional de Artes (Funarte) e da Fundação Gregório de Mattos (FGM),
vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Turismo e Cultura (Sedes).

 

Durante a ocupação de três dias do antigo Restaurante Coaty, restaurado
nos anos 80 por Lina Bo Bardi, o artista irá escrever, desenhar, compor,
fotografar, conversar e interagir com o espaço físico. Lindsay traz para o
espaço a obra de outras duas importantes artistas brasileiras: Tarsila do
Amaral (1886-1973), e Maria Martins (1894-1973). Assim, tensiona produções de
épocas e naturezas diferentes, revelando as potencialidades de cada uma para a
contemporaneidade.

 

O presidente da FGM, Fernando Guerreiro, aposta em ações como essa para
dinamizar cada vez mais a cultura em Salvador. "Estamos buscando todo tipo de
parceria para movimentar a cena cultural de nossa cidade, diversificando em
termos de linguagens e oferecendo apoio a iniciativas inovadoras como esta",
comentou. Ele informa que a edição faz parte de uma série de livros propostos
pelo editor Helmut Batista (grupo Capacete, Rio de Janeiro), com apoio da
Funarte, para artistas de diferentes áreas realizarem livros experimentais em
arte contemporânea.

 

Para produzir toda a infraestrutura necessária para a produção do livro,
foi convidado o artista visual baiano Joãozito. Ele é o responsável por dar,
junto com a equipe técnica, apoio e assistência a Lindsay. A FGM viabiliza tudo
o que é necessário para que o processo criativo ocorra sem interferências ou
dificuldades logísticas. O espaço escolhido por Lindsay para a realização do
trabalho, por exemplo, foi viabilizado através da Fundação.

 

Atuante desde os anos 70, Lindsay, conhecido principalmente por seus
trabalhos musicais com artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e David
Byrne, atua intensamente em colaboração com artistas visuais, tais como Matthew
Barney (1967, EUA), Vito Acconci (1940, EUA), Dominique Gonzalez-Foerster (1965,
França) e Rirkrit Tiravanija (1961 Argentina). Produz também instalações,
objetos, performances e mais recentemente desfiles performáticos em que emprega
diferentes formas de expressão (música, dança, performance, literatura e
cinema).

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