É a terceira vez em menos de 40 dias que o equipamento, de 900 metros de extensão, passa por limpeza
A Superintendência de Conservação e Obras Públicas, vinculada à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Defesa Civil (Sindec), iniciou, nesta terça-feira (30), mais um trabalho de limpeza do canal da Baixa do Tubo, localizado no bairro de Cosme de Farias. É a terceira vez em menos de 40 dias que o equipamento de 900 metros de extensão é limpo. De acordo a Sucop, o problema é que os moradores vizinhos à área continuam a despejar lixo e entulho no canal, causando entupimentos do sistema e alagamentos no período de chuvas.
O canal começa na entrada na Baixa do Tubo pela Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô) e segue até o Vale do Matatu. De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Nilo Maciel, nas duas primeiras vezes que o serviço foi realizado, a Sucop retirou do equipamento um volume total de 300 metros cúbicos e lixo, entulho e materiais diversos.
"Desde que começamos o serviço hoje pela manhã, já vimos vários sacos de lixo descendo o canal e encontramos até os restos de uma bicicleta. É muito importante entender que a colaboração da população é fundamental para garantir a manutenção dos equipamentos, senão ficaremos para sempre com o mesmo problema", afirma Maciel.
O vice-presidente da Associação de Moradores da Baixa do Tubo, Antonio Carlos da Silva, reconhece que a questão só será resolvida com a conscientização da população. Segundo ele, quem causa o problema são moradores que vivem em áreas mais altas vizinhas ao equipamento.
"Quem vive perto do canal já entende que, se jogar lixo, estará prejudicando a ele mesmo. Mas quem vive nas partes mais altas não está nem aí. Só quer resolver seu problema imediato e joga o lixo que vai embaixo entupir o canal e causar os alagamentos que prejudicam a todos. Vamos trabalhar para eles se sensibilizarem com a nossa situação", diz Silva.
Arraial do Retiro
Nesta sexta-feira, também foi iniciada a limpeza do canal do Arraial do Retiro. O trabalho de limpeza de canais faz parte da Operação Chuva, que envolve a atuação de vários órgãos municipais. Dos 256 canais de Salvador, 32 foram classificados como prioridade pela Sucop, devido aos problemas que causam às comunidades, principalmente alagamentos.
