O prazo para viabilização do sistema é de 180
dias a partir desta segunda-feira (22) ou de 60 dias após a contratação da
empresa que será responsável pela concessão
O prefeito ACM Neto e o governador Jaques Wagner
assinaram nesta segunda-feira (22) o termo que transfere o metrô de Salvador
para a administração do Estado, através de um programa para viabilização do
sistema. A partir do contrato, firmado também com o prefeito de Lauro de
Freitas, Márcio Paiva, o Estado ficará responsável por concluir a Linha 1 e
construir a Linha 2, que cortará a Avenida Luis Viana Filho (Paralela)
até o município vizinho. Também foi assinado o acordo que transfere a Companhia
de Transporte de Salvador (CTS), responsável pelos trens do Subúrbio, para a
administração do Executivo estadual.
O secretário da Casa Civil do estado, Rui Costa,
explicou que a tarifa será de R$3,10 para quem usar somente o metrô, e R$3,90
para quem utilizar ônibus e sistema metroviário. Será o sistema rodoviário o
responsável pela alimentação do sistema metroviário. Desses R$3,90, será
repassado R$1,10 para o sistema rodoviário.
O prazo para viabilização do sistema é de 180 dias
a partir de hoje ou de 60 dias após a contratação da empresa que será
responsável pela concessão. Segundo Rui Costa, o edital será lançado dentro de
20 dias. Ainda de acordo com o secretário, até a Copa do Mundo de 2014 o metrô
funcionará até a estação do Retiro, e até dezembro de 2014 até Pirajá.
Supressão – ACM Neto
explicou que, progressivamente, a Prefeitura estudará a supressão das linhas de
ônibus que hoje fazem o percurso do metrô. "À medida que o metro funcione até o
Retiro, e depois até Pirajá, e que, em seguida, seja construída a Linha 2, de
maneira progressiva haverá a supressão de linhas de ônibus. O que importa é que
haverá total integração do sistema metroviário com ferroviário. Temos o
compromisso de garantir a não competição. Portanto, tudo será pensado para dar
qualidade ao usuário e melhor conforto para a população de Salvador", disse o
prefeito, destacando que o acordo supera questões partidárias e mostra a
relação "de alto nível" entre os dois governos.
O governador Jaques Wagner comemorou o acordo e
afirmou que essa era a única maneira de viabilizar a construção da Linha 2, que
dependia da Linha 1, em fase de conclusão, para aumentar a eficiência do
sistema. "Não era razoável falar em Linha 2 sem falar em Linha 1. Agora se tem
uma gestão unificada e que, portanto, é muito mais célere. Já estávamos trabalhando
nisso há um tempo razoável e agora está tudo pronto. É um modelo eficiente e
que vai nos ajudar a resolver o problema de mobilidade urbana de Salvador e
Lauro de Freitas", ressaltou, explicando ainda que a concessão do sistema será
por meio de Parceria Público-Privada, como já acontece no Hospital do Subúrbio
e na Itaipava Arena Fonte Nova.
Investimento – Serão
investidos R$4,2 bilhões, sendo R$1 bilhão do governo federal, R$1 bilhão
através de empréstimo contraído pelo estado e o restante compartilhado entre a
CTS e investimentos privados. Em 15 dias, o prefeito ACM Neto enviará à Câmara
de Vereadores o projeto que autoriza a transferência da CTS para o Estado. O
governador Jaques Wagner também enviará mensagem à Assembleia Legislativa
garantindo a viabilidade do acordo, que estava previsto para ser assinado no
início do mês, mas por falta de ajustes, teve de ser adiado.
