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“Sussurrofone” é alternativa de escola municipal no ensino da leitura

Em uma época onde os smartphones e tablets dominam a atenção de adultos e crianças, um objeto fabricado com PVC e cartolina do tipo EVA tem feito sucesso com os alunos da Escola Municipal Saturnino Cabral, em Cosme de Farias. O “Sussurrofone”, como é conhecido, imita um telefone celular, auxiliando no desenvolvimento da consciência fonológica, melhora da pronúncia das palavras e fluência nos textos.

Através dele, as crianças conseguem ouvir sua própria voz em forma de sussurro, facilitando o reconhecimento fonológico de letras e palavras. O recurso permite a captação individual da voz, com ampliação do volume da fala em até dez vezes, além de  aumentar a concentração das crianças, sem que elas sejam distraídas por ruídos ao seu redor.

A diretora da escola, Jaciara Araújo, afirma que as atividades lúdicas foram adotadas como uma forma de tornar a aula mais atrativa para cada um dos estudantes, principalmente depois da pandemia. “Assim, de forma tímida, trouxemos o Sussurrofone e nos surpreendemos com a reação dos alunos ao se ouvirem lendo um texto, fazendo atividade com a técnica. Eles se sentiram mais estimulados, mais empolgados, os tímidos se sentiram à vontade e tem sido um sucesso”.

A professora Darlene Souza, que utiliza o instrumento com alunos do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental, ensina História e Geografia e trabalha a iniciativa através da leitura com os estudantes. “Eles fazem a leitura do livro e percebem que, através da leitura, eles escutam a própria voz e veem como é interessante. Esse objeto pedagógico lúdico faz com que eles façam a leitura e escutem a própria voz com mais clareza, e assim compreender melhor o texto”.

O pequeno Antonio Pietro da Silva, de nove anos, é aluno do 4º ano e percebeu a evolução na fala após o uso. “Eu achei uma coisa muito boa para ajudar nossa voz e a leitura social. Por exemplo, se meu colega está lendo em voz alta e eu com o Sussurrofone, ele não me atrapalha. Eu sinto que evolui, minha voz ficou mais alta. E uma coisa importante: em plena era de smartphone, a gente ainda faz sucesso com o Sussurrofone”.

A colega dele, Maria Valentina Santos, também de nove anos, não escondia a timidez, mas disse que melhorou a vergonha de falar usando o objeto em sala de aula. “Quando a gente tá bem tímido a gente consegue ouvir nossa voz, com uma leitura boa e aí não fiquei tão tímida. Eu não acreditava quando falavam que minha leitura era bonita, agora acredito. A nota que eu dou para o Sussurrofone é mil”.

 

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