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Teatro Gregório de Matos será reaberto em março de 2014

 

A partir de março de 2014, a população vai voltar a usufruir do Teatro Gregório de Matos, na Praça Castro Alves.  O termo que garante a reabertura do teatro, fechado há cinco anos, foi assinado na tarde desta segunda-feira (16) entre a Prefeitura e o Banco Itaú. O acordo, estimado em R$2,5 milhões, prevê também a recuperação da área localizada no seu entorno.

Dentro do projeto de adoção do teatro e da recuperação da Praça Castro Alves, a grande novidade fica por parte da  instalação de um projetor do lado de fora do Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha, que terá programação própria e gratuita para quem circula na região.

De acordo com o diretor de Relações Institucionais e Governos do Itaú Unibanco, Cícero Araújo, o fato da Praça Castro Alves e o entorno serem ícones históricos e culturais de Salvador foram determinantes para a concretização dessa parceria com a Prefeitura. “Como o incentivo ao acesso à cultura é uma das causas do Itaú, essa parceria é um passo natural da instituição para que a população da cidade possa frequentar ainda mais esses espaços e para que tenha orgulho de espaços públicos com esse legado social”, afirma.

O prefeito ACM Neto destacou a importância do apoio da iniciativa privada na revitalização de espaços e equipamentos culturais e turísticos da cidade. “A Prefeitura sozinha não tem condições e nem orçamento para fazer tudo. Por isso, estamos viabilizando parcerias com a iniciativa privada em várias frentes. Dessa forma, queremos ampliar, em muito, os investimentos para a cultura, que nesse governo é tratada com a seriedade que merece”.

Segundo o secretario de Desenvolvimento, Cultura e Turismo, Guilherme Bellintani, o Teatro Gregório de Matos será o marco para o programa de adoções através de parceria com o setor privado. “A nossa parceria com Itaú reforça a premissa, que não é a falta de recursos que vai nos impedir de concretizar os projetos. É preciso ser criativo. Tenho certeza que esse será o caminho para consolidar diversas ações em prol da cultura e do turismo da cidade”, destacou.

Para o presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro, o Gregório de Matos tem uma importância vital para a cultura da cidade. “Primeiro porque é um grande teatro municipal e em segundo, porque está localizado numa área a ser revitalizada. Além de fazer parte de um corredor cultural importante da cidade, que vai da Praça Castro Alves até a Praça da Sé”, salientou.

Projeto – Dentro do projeto de revitalização do teatro, originalmente idealizado pela arquiteta Lina Bo Bardi, será contemplada a parte de infraestrutura e as instalações elétricas e de som. Já para a Praça Castro Alves, haverá uma reorganização do espaço público, com restauração do piso em pedra portuguesa, remanejamento do busto de Dodô e Osmar, para dar mais destaque à obra e a criação de um espaço para a instalação de quiosques e uma área de convivência.

Na área da Barroquinha, serão realizadas intervenções na escada de granito, bem como a calçada em pedra portuguesa branca. Vale destacar que todas as características originais das construções, como as pedras portuguesas e o muro de arrimo da Igreja da Barroquinha, serão mantidas.

A negociação para a adoção do Teatro Gregório de Matos foi realizada através de chamamento público no Diário Oficial do Município e avaliada por uma comissão composta por diversos órgãos municipais. As obras que serão realizadas no entorno, vão seguir as especificações e orientações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tendo em vista que o local é tombado.

As obras, com inicio em outubro, serão acompanhadas pela Fundação Gregório de Matos (FGM), órgão vinculado a Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Cultura (Sedes), que gere o equipamento.

Histórico – O Teatro Gregório de Matos foi criado no espaço do antigo Cabaré Tamaris, que teve seu auge entre as décadas de 50 e 60, na Praça Castro Alves, Centro de Salvador. O prédio, antes único, foi posteriormente dividido e hoje abriga o teatro e um complexo com cinco salas de cinema, o Espaço Cultural Glauber. Seu nome é em homenagem àquele que é considerado o primeiro poeta brasileiro, o soteropolitano nascido em 1633, Gregório de Matos Guerra, conhecido como “Boca do Inferno”, pelas colocações e críticas à cerca da sociedade da época encontradas em suas poesias.  

Em 1979 o teatro foi reinaugurado, mas só tinha um andar. O novo formato só aparece em 1988, com o projeto da arquiteta italiana Lina Bo Bardi já com dois andares, um andar térreo para exposições e o outro para exibição de peças de teatro. O projeto de Lina Bo Bardi idealizado de uma arquitetura despojada, oferece ao espectador a possibilidade de participação no espetáculo, já que o seu formato é uma  arena  para 300 pessoas.

Já na década de 90, o espaço passou por nova reforma e foi reaberto com um espetáculo marcante da diretora alemã, radicada na Bahia, Nehle Franke.

 

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