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Toque de Acolher realizou mais de 900 abordagens em três meses

A Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), por meio do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), tem intensificado os serviços de assistência social às pessoas em situação de rua desde a implantação do toque de recolher estadual em Salvador. Em três meses, completados nesta quinta-feira (19), a Operação Toque de Acolher já realizou 967 abordagens e 212 acolhimentos – a maioria do público atendido é formada por homens (642 indivíduos). 

Além disso, a operação possibilitou 257 encaminhamentos, sendo 212 para unidades de Acolhimento Institucional (UAI) ou Emergencial (UAE); 11 para Centros de Referência e Assistência Social (Cras) e 14 para retirada de documentos, dentre outros serviços. As ações são realizadas no Pelourinho, Piedade, Pituba, Politeama, Nazaré, Campo da Pólvora, Baixa dos Sapateiros, Barra, Aquidabã, Largo do Tanque, Mares, Dendezeiros, que são locais com maior incidência de pessoas em situação de rua. 

“Através da busca ativa e da escuta sensível, nós verificamos o perfil do indivíduo em situação de rua, se é uma pessoa desaparecida, se está na rua por motivo de vulnerabilidade socioeconômica, para que possamos encaminhá-lo a um atendimento específico”, explica a diretora de Proteção Social da Sempre, Kelly Morais. 

Busca ativa — Uma das possibilidades de atendimento é encaminhar o indivíduo para uma Unidade de Acolhimento Institucional (UAI), que oferece alimentação, espaço para higienização pessoal e para guardar pertences, além de dormitório. A equipe técnica, formada por assistentes sociais e psicólogos, tenta identificar a família da pessoa em situação de rua para entrar em contato com ela e viabilizar a ressocialização familiar. Esta ação é realizada com o Cras que atende o local de moradia dessa família.    

“No entanto, para ser encaminhado a uma unidade de acolhimento, o indivíduo precisa querer. Nós fazemos um chamamento voluntário que não tem, portanto, caráter compulsório”, adverte Kelly. 

Ela relata que as regras de funcionamento das UAIs são encaradas com dificuldade por parte de algumas pessoas em situação de rua. “São espaços que funcionam com regras. Agora mesmo, na pandemia, o acolhido tem o direito de sair duas vezes por dia da unidade. Não é permitido fazer uso de substâncias psicoativas. Então, nem sempre conseguimos fazer o acolhimento nessas unidades”, ponderou a diretora. 

Além do acolhimento, o Seas tem efetuado a busca ativa de pessoas em situação de rua que apresentam sintomas de Covid-19. O objetivo é encaminhá-las para o atendimento de saúde em unidade específica para este público, disponibilizada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS). 

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