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Vacinadores e cidadãos compartilham emoção no combate ao coronavírus

Nesta quarta-feira (9) é celebrado o Dia Nacional da Imunização no Brasil. Em Salvador, a mobilização de vacinação contra a Covid-19, principal campanha de imunização que foi iniciada em 19 de janeiro deste ano, tem tido um papel fundamental para controlar o contágio do coronavírus. A megaestrutura montada pela Prefeitura – com cerca de 1,5 mil profissionais distribuídos em pontos fixos e drive-thru – tem proporcionado resultados de destaque no Brasil. 

Até hoje pela manhã, mais de 1,2 milhão de doses – dentre a primeira e segunda doses – foram aplicadas em Salvador, o que faz do município uma das capitais que mais imuniza contra a doença no Brasil. Segundo indicadores do Vacinômetro, da Prefeitura, 38% dos vacinados são do sexo masculino e 62% do sexo feminino. São números que trazem sentimentos de esperança e orgulho tanto para os profissionais de saúde envolvidos na ação de imunização, quanto para os cidadãos que recebem a vacina. 

A técnica de enfermagem Andréa Santos, de 47 anos, há um ano e meio atua com a vacinação. Para ela, que já foi imunizada, o sentimento de salvar vidas é algo que não tem como explicar, ainda mais quando a ação é feita em pessoas que comparecem aos postos para receber a primeira dose e se emocionam com o momento. “Dá vontade de chorar junto, porque chegar até aqui é uma grande vitória”, declarou. 

Ela chega sempre às 7h30 em um dos pontos de imunização, na Arena Fonte Nova, monta seu espaço na baia pré-determinada e, com as doses disponibilizadas, chega a vacinar até 350 pessoas por dia. A rotina é quebrada com demonstrações como o recebimento de mimos como bombons, frutas, cartazes e bilhetes, levados pelos cidadãos. A própria Andrea já fez a “dancinha da vacinação” nas redes sociais da Prefeitura. “Sempre com alegria e sorriso estampado no rosto”, concluiu. 

Aos 35 anos, Fernanda Teles Carvalho trabalha há 60 dias no esquema de vacinação do município e há quatro anos é técnica de enfermagem. Ela se sente privilegiada e útil por ajudar a população a sair da pandemia. “Nós contribuímos para que o nosso próximo se sinta feliz e isso não tem preço”. 

Ela lembrou de um episódio no qual um filho se emocionou bastante com a imunização dos pais. “Choramos todos juntos, os quatro. É gratificante! Muitos dizem que oram por nós, técnicos que estamos aqui nos doando, muitas vezes de domingo a domingo. Estou muito feliz por participar deste momento”, relatou.  

Primeira dose – Um dos cidadãos que compareceram ao posto da Arena Fonte Nova para a primeira dose foi o técnico de futebol Vagner Mancini. Para ele, a vacinação é um momento importante na vida de todos. “Sabemos o quanto o pessoal da saúde e todos os demais envolvidos têm se dedicado para que a pandemia diminua a cada dia. Não é só isso, mas o fato de ver que neste momento de maior dificuldade um está estendendo a mão para o outro, me deixa muito feliz e emocionado”, pontuou. 

Depois da dose, Mancini garante que manterá os protocolos: máscara, álcool gel e distanciamento. “Muito cuidado e muito zelo por todos na família também, porque temos pessoas mais velhas que estão dentro de casa e acho importante a conscientização da população, porque a educação nessa hora faz a diferença também”. 

Aos 54 anos, o pedreiro Nerivaldo Ribeiro Rodrigues foi de bike para a Arena Fonte Nova, diretamente do bairro do IAPI. Feliz com a vacinação, ele comentou estar com o coração totalmente feliz, fazendo a parte dele. 

“Cada qual tem que se integrar na sociedade para não dar danos ao próximo. Espero que a vacina chegue para todos, e tem que se conscientizar quem faz paredão, porque prejudica os demais”. Sobre os vacinadores, Nerivaldo foi direto: “o meu sentimento é agradecer a Deus e pedir que guarde todos os profissionais, eu oro muito por todos”. 

Sobre o dia – O Dia Nacional da Imunização foi criado no Brasil para chamar atenção da sociedade para a importância da vacinação. Esta é uma eficaz maneira de combater doenças que acometem diversos públicos, como caxumba, tétano, sarampo, gripe, entre outras. 

No Brasil, existe um Calendário Nacional de Vacinações, que foi instituído através do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. A ideia é manter um leque de vacinas anualmente para proteger pessoas de todas as idades. São ofertados gratuitamente mais de 40 diferentes imunobiológicos para a população, dentre eles a BGC, Hepatite B, Pentavalente e contra a febre amarela. 

Mesmo agora, diante de uma pandemia de Covid-19, não podemos deixar de lado outras patologias que ameaçam a saúde. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização, o Brasil tem registrado índices insatisfatórios de cobertura vacinal para algumas enfermidades, como a poliomielite. Dados da entidade apontam que, antes mesmo do Covid-19, a cobertura vacinal para a poliomielite estava em 80%, sendo que o ideal é 95%. 

Na campanha de vacinação da gripe, por exemplo, que teve início em 12 de abril, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) contabilizou, até a quinta-feira (3), mais de 230 mil pessoas imunizadas. O número corresponde a apenas 32% do público alvo.

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