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“Cores e Vozes da Periferia” marca 20 anos da Conferência de Durban

Com o apoio da Secretaria Municipal de Reparação de Salvador (Semur), o projeto “Cores e Vozes da Periferia” trouxe uma programação especial em comemoração aos 20 anos da Conferência de Durban – 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância. A ação envolveu oficinas de grafite, intervenções urbanas e apresentações artístico-culturais.

Em alusão ao marco mundial na luta pelos direitos humanos e igualdade racial, a iniciativa é fruto da campanha Vidas Negras, das Nações Unidas, com mobilização local pelo Programa Corra pro Abraço, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS). Durante as atividades, artistas, grafiteiros e arte-educadores renomados, como Caíque Sapho e Monique, ministraram aulas de desenho e realizaram intervenções urbanas no Aquidabã e na Praça da Nova República, no Beiru.

“Na conferência de Durban vários projetos foram elencados como forma de iniciativa de resgate e valorização da população negra. Então, hoje, continuamos a luta pelo combate ao racismo e xenofobia, para que tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária. Esse momento é um marco, que mantem acesa na nossa memória, a grandiosidade da conferência, trazendo a relação dos assuntos discutidos no evento para a comunidade, mostrando a importância do que é ser negro em nossa cidade”, salientou o subsecretário da Semur, Antônio Carolino.

Nascida no bairro de Tancredo Neves, a artista Monique falou sobre a felicidade de participar do projeto. “Eu fui criada nesta comunidade e tenho um carinho muito especial pelo local, por toda história de resistência que esse bairro tem. Minha família é daqui e, hoje, poder trazer minha arte, contribuindo para evolução cultural do meu povo, me deixa muito feliz. Posso mostrar para os jovens do bairro que é possível almejarmos outras perspectivas. Minha vida mudou através da arte e resistência e é isso que eu quero apresentar”, disse.

Ao participar da oficina, a dona de casa Deysiane da Conceição, de 24 anos, falou sobre a expectativa para o curso. “Quis participar desse momento porque sei a importância da valorização da cultura negra. Não sei nada sobre desenho, para mim é uma novidade, mas sei que de alguma forma é um dia enriquecedor”, avaliou.

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