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Lançado pela Prefeitura, projeto Salvador LAB vai fomentar empreendedorismo no ambiente acadêmico

A Prefeitura de Salvador lançou nesta segunda-feira (20) o projeto Salvador LAB, que tem o intuito de estimular a cultura empreendedora na cidade, criando conexões entre o estudante universitário e o mercado investidor. A iniciativa incentivará a formação de empreendedores a partir de mentorias, oficinas, workshops e editais que serão realizados através de parcerias com universidades e instituições de ensino superior. Os detalhes foram divulgados pelo prefeito Bruno Reis e pela titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), Mila Paes, durante evento na Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Vale do Canela.

O Salvador LAB está dividido em três pilares. O primeiro deles é o TCC Empreendedor, que consiste na seleção e inscrição de Trabalhos de Conclusão de Curso, com caráter inovador e empreendedor, transformando estes em projetos concretos de negócios ou startups. Qualquer universitário acima de 18 anos pode participar. A inscrição acontece até o dia 10 de abril, no site salvadorlab.salvador.ba.gov.br.

Os demais pilares são: Inovação Aberta, que terá editais específicos para resolução de problemas, cases ou desafios, que podem ser disponibilizados por empresas ou pelo próprio município de Salvador; e o Educação Empreendedora, destinado à elaboração de agenda de atividades nas universidades, tanto presencialmente quanto em ambiente virtual, por meio da realização de palestras, seminários, hackathons, workshops para capacitação e desenvolvimento do potencial empreendedor na cidade.

Bruno Reis explicou que a capital baiana tem no setor de turismo e serviços o carro-chefe para geração de emprego e renda. No entanto, é necessário ampliar a cadeia produtiva incentivando novos nichos para que a cidade dê um salto econômico e diminua desigualdades sociais históricas.

“Entendemos que é fundamental desenvolvermos novos vetores para que Salvador tenha crescimento econômico. Isso envolve estímulo à economia criativa, à tecnologia, inovação e ao empreendedorismo. O Salvador LAB vai estabelecer premiações através de editais para transformar os Trabalhos de Conclusão de Curso dos alunos em projetos efetivos, tornando-os realidades. Há muitas boas ideias e trabalhos que, ao serem realizados, ficam na prateleira por falta de incentivo. Nós, como poder público, em conjunto com a sociedade civil, empresas e universidades, iremos estimular todo esse ecossistema empreendedor”, afirmou o chefe do Executivo municipal.

Parceria – O Salvador LAB tem como parceiros a Uniruy, Unifacs, Ufba, Instituto Federal da Bahia (Ifba) e Faculdade Cayru. Os projetos dos estudantes inscritos serão submetidos a uma banca avaliadora, e os que forem selecionados passarão por aceleração em incubadoras de negócios como a Cubos, Senai-Cimatec e Lighthouse.

Para a secretária da Semdec, Mila Paes, o Salvador LAB proporcionará a criação de empresas no ambiente acadêmico através de parcerias enriquecedoras que vão contribuir para a dinâmica da economia da capital baiana. “É o nascedouro de um novo olhar da Prefeitura para o fortalecimento do empreendedorismo na cidade. A proposta é de aproximação com o setor acadêmico, universitários e organizações públicas e privadas permitindo conectar o que há de melhor entre cada um, e despertando no acadêmico, desde o início do curso, o desejo e as perspectivas de empreendedorismo”, disse a gestora.

Ideias em prática – Professores de instituições de ensino superior também ficaram entusiasmados com o lançamento da nova iniciativa municipal. Coordenador do curso de biotecnologia da Ufba, Astério Pessoa Neto, conta que sempre foi um desafio aproximar academia e mercado de trabalho.

“Não é só pelo empreendedorismo, mas pelas soluções interessantes propostas para Salvador. O trabalho é intenso no sentido de estimular os estudantes a participarem, desenvolvendo suas ideias e TCCs mais empreendedores e menos academicistas. O objetivo é fazer com que os estudantes tenham uma perspectiva de vida que não seja apenas àquela de ser só empregado”, afirmou.

O professor e coordenador do curso de Administração da Ufba, João Tude, lembra que, muitas vezes, o aluno entra no curso de graduação motivado por uma grande ideia que poderia ser aproveitada, mas que acaba caindo no esquecimento por falta de apoio.

“A intenção é unir a Prefeitura, as universidades e as empresas privadas, na elaboração de uma série de treinamentos e propostas que valorizem os projetos de TCC dos alunos e as ideias inovadoras, conectando-as ao mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, será dado suporte a essas grandes ideias, selecionando as melhores, validando-as e buscando parcerias para que elas aconteçam de fato, trazendo benefícios para a sociedade, para a universidade e para a população em geral”, enfatizou.

Já o coordenador dos cursos de Engenharia e Tecnologia do Centro Universitário Ruy Barbosa, Vitor Andrade, sinaliza pela necessidade de pesquisas mais empreendedoras e práticas nas universidades.

“Queremos mudar esse cenário do academicismo muito teórico para uma coisa mais prática para os nossos alunos. O projeto da Prefeitura veio como uma luva, abrindo o horizonte para os alunos, que ficaram empolgados. Alguns que já estavam elaborando trabalhos de conclusão com viés empreendedor, na área de tecnologia, não sabiam como caminhar depois dali. O projeto abriu a possibilidade de expandir suas ideias para além da academia”, salientou.

Ação da Secis celebra Dia Nacional dos Animais em escola no Subúrbio

Fotos: Jefferson Peixoto/Secom

Para marcar o Dia Nacional dos Animais (15 de março), a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Proteção e Bem-Estar Animal (Secis) realizou uma ação especial na Escola Municipal Dr. Otaviano Pimenta, em São Tomé de Paripe, nesta sexta-feira (17). Na oportunidade, os alunos da instituição de ensino puderam aprender sobre o convívio e cuidado com os bichos, além de terem contato direto com animais da Companhia de Operações com Cães, do Batalhão da Polícia de Choque.

De acordo com a titular da Secis, Marcelle Moraes, essa ação visa aproximar as crianças dos animais, ressaltando a importância que devemos do cuidado adequando com os bichinhos. “É nessa fase, até os sete anos de idade, que as crianças vivem as maiores experiências que irão contribuir para a sua formação adulta. Ensiná-las sobre o cuidado e respeito aos animais é uma maneira de formamos adultos mais responsáveis e conscientes sobre a causa animal e a importância do cuidado com os bichos”, explica a gestora.

Marcelle considera ainda o contato físico e as demonstrações de afeto como fundamentais para estabelecer conexões com os bichos. “Às vezes somos ensinados a tratar os diferentes tipos de animais de forma distinta, muitos até de maneira agressiva. Não existe isso de que o cachorro é bom, que o gato não gosta de casa ou do seu tutor, muito menos que o mico que vemos na rua não presta e deve ser apedrejado. Isso não é correto. Todos os animais merecem carinho, amor e respeito e são a partir dessas demonstrações que conseguimos criar reais conexões com os nossos pets”, complementa.

O tenente da Polícia Militar, Lissandro Santos, destaca o papel social da polícia, sobretudo com a participação dos animais. “Nós valorizamos muito os animais e o trabalho que eles realizam na nossa companhia. Temos animais treinados e adestrados que são nossos grandes parceiros no dia a dia e atuam em diversas atividades como na identificação de armas de fogo, busca de entorpecentes e também em atividades como essa, de interação social com crianças”, relata.

Para Keven Barbosa, aluno do 5º ano, a experiência foi muito divertida. O pequeno relata o cuidado e a responsabilidade que tem com os seus pets, mesmo aos 8 anos de idade. “Eu achei uma experiência muito divertida. Os cachorros da polícia são bem grandes e espertos. Eu tenho três cachorros em casa, e lá eu sou responsável por limpar a casa deles e trocar a água. Também os amo muito”, conta o garoto.

Ação da Secis celebra Dia Nacional dos Animais em escola no Subúrbio

Fotos: Jefferson Peixoto/Secom

Para marcar o Dia Nacional dos Animais (15 de março), a Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Proteção e Bem-Estar Animal (Secis) realizou uma ação especial na Escola Municipal Dr. Otaviano Pimenta, em São Tomé de Paripe, nesta sexta-feira (17). Na oportunidade, os alunos da instituição de ensino puderam aprender sobre o convívio e cuidado com os bichos, além de terem contato direto com animais da Companhia de Operações com Cães, do Batalhão da Polícia de Choque.

De acordo com a titular da Secis, Marcelle Moraes, essa ação visa aproximar as crianças dos animais, ressaltando a importância que devemos do cuidado adequando com os bichinhos. “É nessa fase, até os sete anos de idade, que as crianças vivem as maiores experiências que irão contribuir para a sua formação adulta. Ensiná-las sobre o cuidado e respeito aos animais é uma maneira de formamos adultos mais responsáveis e conscientes sobre a causa animal e a importância do cuidado com os bichos”, explica a gestora.

Marcelle considera ainda o contato físico e as demonstrações de afeto como fundamentais para estabelecer conexões com os bichos. “Às vezes somos ensinados a tratar os diferentes tipos de animais de forma distinta, muitos até de maneira agressiva. Não existe isso de que o cachorro é bom, que o gato não gosta de casa ou do seu tutor, muito menos que o mico que vemos na rua não presta e deve ser apedrejado. Isso não é correto. Todos os animais merecem carinho, amor e respeito e são a partir dessas demonstrações que conseguimos criar reais conexões com os nossos pets”, complementa.

O tenente da Polícia Militar, Lissandro Santos, destaca o papel social da polícia, sobretudo com a participação dos animais. “Nós valorizamos muito os animais e o trabalho que eles realizam na nossa companhia. Temos animais treinados e adestrados que são nossos grandes parceiros no dia a dia e atuam em diversas atividades como na identificação de armas de fogo, busca de entorpecentes e também em atividades como essa, de interação social com crianças”, relata.

Para Keven Barbosa, aluno do 5º ano, a experiência foi muito divertida. O pequeno relata o cuidado e a responsabilidade que tem com os seus pets, mesmo aos 8 anos de idade. “Eu achei uma experiência muito divertida. Os cachorros da polícia são bem grandes e espertos. Eu tenho três cachorros em casa, e lá eu sou responsável por limpar a casa deles e trocar a água. Também os amo muito”, conta o garoto.

Mudanças climáticas é tema de palestra em escola municipal

Crianças da Escola Municipal Vivaldo da Costa Lima, no bairro do Santo Antônio, participaram, nesta quarta-feira (15), de uma palestra sobre como reduzir o impacto das mudanças climáticas no mundo. A atividade foi promovida em parceria com a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) e reuniu 15 alunos de 9 a 13 anos.

A palestra foi ministrada pela engenheira ambiental e coordenadora de Ações Comunitárias da Limpurb, Rosemary Mascarenhas. As crianças puderam aprender sobre gases tóxicos, descarte correto dos resíduos sólidos, impacto da revolução industrial na sociedade, entre outros assuntos.

O aluno Moisés Ferreira, 13 anos, afirmou que acha necessário cuidar do meio ambiente para ajudar a manter o planeta bom para todos. “Eu percebo as chuvas cada vez mais fortes. Normalmente, vejo lixo boiando e as ruas alagadas. A gente precisa ter mais cuidado com a Terra”, contou.

Rosemary Mascarenhas contou que a Limpurb já vem realizando um trabalho educativo nas escolas, voltado à preservação ambiental, abordando temas como o descarte correto dos resíduos, para que o público possa transmitir esse conteúdo às suas comunidades.  

Preservação – Rosemary também explicou que a proposta do encontro foi marcar o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, celebrado nesta quinta-feira (16). “O nosso foco foi trazer o que são as mudanças climáticas, que é um fenômeno natural, que já ocorre e que nós, como seres humanos, podemos intensificar através das nossas ações”, alertou.

A vice-diretora da unidade, Scheila Antunes Azevedo, explicou que a palestra agregou ao trabalho que a escola já vem desenvolvendo, com foco na preservação do planeta. “Temos trabalhado alguns projetos voltados para higiene, saúde e a questão do cuidado e da consciência com o meio ambiente. A parceria com a Limpurb surge para aprofundar o conhecimento dos alunos e educar a comunidade do entorno, para que nosso ambiente seja mais saudável para todos”, detalhou.

Smed e Conselho Britânico discutem novas ações da parceria que visa aprimorar o ensino de Inglês na rede municipal

Representantes da Secretaria Municipal da Educação (Smed) e do Conselho Britânico (British Council) se reuniram, nesta segunda-feira (13), para definir as próximas ações da parceria, que visa o aprimoramento do ensino da Língua Inglesa e de Ciências na rede municipal de Salvador. Direcionado a professores, o projeto Teaching for Success terá novas formações voltadas à proficiência e à metodologia de ensino. 

Outro foco para 2023 é a implantação dos Clubes de Ciências (Stem Clubs) nas unidades que ofertam o Ensino Fundamental Anos Finais. A iniciativa se dará por adesão de cada escola. “O foco dessa parceria com o Conselho Britânico é que o ensino de ciências e da língua inglesa ganhe impulso em Salvador”, afirma o secretário da Smed, Thiago Dantas. 

Um dos pontos destacados pelo gestor é a importância desses conhecimentos para o progresso profissional e pessoal na atualidade. “O inglês, por exemplo, pode abrir portas em uma cidade como Salvador, que tem no turismo internacional uma das suas principais atividades econômicas”, diz. 

Durante a reunião, ficou decidido ainda que será realizada uma missão de intercâmbio para o Reino Unido. O objetivo é que professores da Rede Municipal conheçam a experiência britânica com os Stem Clubs para uma melhor formação dos professores – conhecimento que será replicado e utilizado na implantação dos Clubes de Ciências nas escolas de Salvador.

Crianças em tratamento de saúde mantêm rotina escolar com aulas em hospitais e clínicas por meio de iniciativa da Prefeitura

Uma iniciativa da Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Smed), tem garantido que crianças, adolescentes, jovens e adultos mantenham sua formação escolar mesmo sem estarem presentes em sala de aula. A Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, localizada em Amaralina, fomenta a educação com profissionais que atuam em hospitais, clínicas, casas de apoio, residências e casas lares, prestando atendimento aos estudantes em processo de tratamento de saúde ou internamento hospitalar.

Com isso, é possível oportunizar um processo educativo que assegure o direito à vida e à saúde, estimulando a escolarização de todos, com redução do nível de atraso escolar. Hoje, atuam pela iniciativa 24 pedagogos, três professores de música, uma coordenadora pedagógica, além de uma vice-diretora e uma diretora. O trabalho é feito em dez hospitais, três clínicas, duas casas de apoio, três casas lares e 16 domicílios de residência. Hoje, a iniciativa conta com 214 alunos matriculados, mas o número de atendidos é muito maior.

De acordo com a vice-diretora Leyliane de Paula Vidal, que há 16 anos atua com educação hospitalar e domiciliar, o trabalho da Escola Hospitalar contribui para minimizar as defasagens escolares durante o período de hospitalização. “Damos continuidade ao currículo escolar do estudante. Sendo assim, ele pode, dentro de suas possibilidades e condições de saúde, ter o mesmo sucesso, aprovação e êxito em avaliações, assim como outros estudantes que estão continuamente na escola comum”, enfatizou.

Primeira vez na sala de aula – Na Escola Municipal Alto da Cachoeirinha Nelson Maleiro, no bairro do Cabula VI, em Narandiba, o garoto Vinícius Santana, de 10 anos, tem, pela primeira vez, a experiência de estudar em uma sala de aula. Aos três, ele chegou a assistir ao primeiro dia de aula, mas teve que se afastar em razão dos problemas de saúde. Com Síndrome de Loeys-Dietz do tipo quatro, o menino só conseguiu voltar à sala de aula graças a uma cirurgia inédita, realizada no ano passado, em que ele recebeu um marcapasso diafragmático para auxiliar na respiração sem necessidade do cilindro de oxigênio.

A diretora da Escola, Daniela Palma, conta que é a primeira vez que recebe um aluno oriundo da educação domiciliar. “No meu entendimento, a grande vantagem é minimizar o impacto sofrido por Vinícius em razão das limitações. Com o acesso a uma escola convencional, vamos fazer com que ele tenha uma vida mais sociável, interagindo com as outras crianças. Para mim, é uma alegria porque vemos a conquista que ele alcançou. Fora da cadeira de rodas, do balão de oxigênio, é uma vitória”, declarou.

A rotina da mãe do garoto, Patrícia Barbosa, começa ainda de madrugada, às 4h10. Com a ajuda do filho mais velho, Ícaro, de 23 anos, ela levanta, prepara as medicações de Vinícius e o acorda às 5h, para a primeira rodada de remédios em jejum, antes do café. Às 7h, eles vão para a escola, onde ficam até 11h30. “Quando voltamos, temos mais medicamentos, às 11h30, 14h, 16h, 18h, 22h e o último às 23h. São 22 medicamentos no total. Eu deito para descansar, porque 1h tem mais um remédio. É uma rotina cansativa, mas tudo por ele”, diz ela, que é profissional de enfermagem.

Patrícia conta que foram seis anos de escola domiciliar, e essa primeira experiência ainda a deixa um pouco assustada. “A escola nos recebeu de braços abertos, mas ficamos receosos. Ele é diferente, tem suas particularidades, mas fico tranquila pela receptividade. Vinícius possui outras complicações, como problemas endócrinos, cardíacos, neurológicos, tudo em razão da síndrome, por isso vivemos um dia de cada vez”, contou.

A mãe afirma que, com a evolução do quadro, ele precisou de ventilação mecânica e não tinha fôlego para caminhar, usando cadeira de rodas para se locomover. “Estou presente aqui todos os dias e vejo meu filho evoluir a cada dia, contando as novidades em casa, o que aconteceu, que tem vários professores, ele está descobrindo o mundo. Quando a escola hospitalar chegou lá em casa, o irmão disse: ele nunca vai ter festinha de escola. Mas ele teve! Festinha de aniversário, de São João e final de ano, e esse ano ele participou da primeira festa de Carnaval aqui, presencial”, afirmou Patrícia.

Animação – O pequeno Vinícius não esconde a animação em estudar em uma escola convencional, e relembra diversos momentos desta experiência. “Está muito bom, eu ainda estou aprendendo, mas a gente vai viver e sempre aprender. O que achei mais legal até agora foi o mini trio elétrico, que fiz até um projeto sobre ele. A festinha de Carnaval foi muito legal, comi pipoca com bolo de cenoura com cobertura de chocolate e chocolate granulado”, contou, animado.

Ele comentou que é muito melhor aprender na sala de aula, porque tem hoje os colegas de sala, e lembra dos cuidados com a saúde sem deixar de lado a diversão.  “Eles brincam comigo, gosto muito de esconde-esconde, mas tomo cuidado com meu aparelho, que uso por 12 horas inteirinhas, pois ele me mantém vivo sem a ventilação mecânica (apontando para a bolsa que guarda a bateria do marcapasso)”, revelou o garoto, destacando seu gosto por matemática e ciências..

A professora Débora Medeiros, inclusive, se considera privilegiada em ter um aluno como Vinícius na turma do 5º ano. “Para falar a verdade, Vinícius já parece ser aluno daqui da escola há muito tempo. Ele é sociável, se dá bem, interage, participa, tem um interesse grande em aprender então, para mim, é um privilégio recebê-lo como meu aluno”, salientou.

Criação – A iniciativa foi criada em 2001, ainda com o nome de Classe Hospitalar e Domiciliar, através do Projeto Vida e Saúde, em parceria com o Hospital Santo Antônio das Obras Sociais Irmã Dulce. Em 2002, houve uma ampliação das aulas em vários hospitais e domicílios através do Programa Criança Viva.

Em 2011, o Programa Criança Viva e o Projeto Vida e Saúde passaram a ter  um só nome:  Classes Hospitalares e Domiciliares no município de Salvador. A partir de outubro de 2015, surge então a Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, com este nome em homenagem à Santa Dulce dos Pobres, por ser ela uma figura que se voltava para a educação e saúde.

Salvador terá nova edição de projeto de intercâmbio para escolas da rede municipal

A capital baiana vai participar da 8ª edição do projeto “Era uma vez … Brasil”, que foi lançado na quinta-feira (2), no Centro Cultural da Câmara Municipal, na Praça Thomé de Sousa. Presentes no evento, a vice-prefeita e secretária municipal da Saúde (SMS), Ana Paula Matos, e o titular da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Thiago Dantas, deram início à formação dos professores de História, falando um pouco sobre a importância do projeto e da transformação que ele proporciona aos professores e, principalmente, aos alunos.

“Esse é um projeto superinteressante e a intenção é pensar em formas de ampliá-lo, porque ele une duas coisas que são fundamentais para o desenvolvimento das crianças, que são o desafio e a premiação. Os meus votos são de que seja um projeto superexitoso e que tenha a acolhida que teve nas edições anteriores”, declarou Dantas.

A vice-prefeita ressaltou que o “Era uma vez… Brasil” está estruturado em pilares importantes para a formação dos participantes, proporcionando para os alunos a oportunidade da vivência. “O que mais me encanta é ter uma lógica de rede que começa pela formação dos professores, passa pelo desenvolvimento dos alunos até o projeto e passando por uma etapa importante que é a vivência. A memória afetiva é muito importante para a aprendizagem”, destacou Ana Paula.

Este ano o “Era uma vez… Brasil” vai abordar o tema da Independência do Brasil, tendo como foco as questões regionais desenroladas nesse acontecimento histórico. A primeira etapa já começou com início da formação dos professores de História das escolas convidadas. Na ocasião, os mediadores Elie Fiogbè, Abiola Akande Yayi e Senakpon Fabrice Fidéle Kpoholo da República do Benin, falaram um pouco sobre independências e autodeterminação na África do Oeste.

“Eu acho que é um projeto muito importante e hoje especialmente por trazer a questão da história afrocentrada para nós, um ponto muito importante para a nossa realidade de Salvador e para o público com o qual a gente trabalha. Então que essa ação tenha vida longa”, opinou o professor de História Filipe Lorenzo.

Para a coordenadora da Gerência Regional de Educação (GRE) Liberdade/Cidade Baixa, Gessicla Damasceno, o projeto amplia a visão dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, tornando-os protagonistas e sujeitos mais críticos e reflexivos. “Eles passam por várias etapas e têm autonomia. Muitas vezes o projeto oportuniza uma primeira experiência fora do seio familiar, se deslocando para outro município e o encontro com alunos de outras escolas. A partir daí eles desenvolvem os projetos, com o apoio de professores de História, Língua Portuguesa e Artes. Eles voltam do projeto completamente diferente, por isso eu considero uma proposta maravilhosa”, afirmou.

Estrutura – O “Era uma vez… Brasil” é um projeto de arte-educação que estimula o apreço e valorização da cultura nacional junto a estudantes e educadores pertencentes à rede pública de ensino, por meio do contato com diferentes linguagens artísticas e culturais. O público-alvo são os estudantes das redes públicas de ensino matriculados nos 8º e 9º ano do Ensino Fundamental, bem como seus professores de História.

A ação foi pensada para promover experiências educativas, artísticas e culturais que oportunizem aos participantes aprofundar a aprendizagem acerca da história brasileira através da articulação entre o conhecimento científico (teórico) e o conhecimento empírico (promovido pela experiência). Ao todo, 11 municípios estão participando dessa edição: Salvador, Mata de São João e Jacobina (Bahia); Recife e Belo Jardim (Pernambuco); Santa Quitéria e Itatira (Ceará); Lençóis Paulista, Macatuba, Ribeirão Preto e Serrana (São Paulo).

A iniciativa está estruturada em três etapas. A primeira delas destina-se à formação dos professores de história das escolas convidadas. Na segunda etapa, os alunos selecionados vão para um Campus onde vivenciam múltiplas experiências socioculturais, além de uma imersão educativa na qual são apresentadas diferentes modalidades de linguagens artísticas e na terceira etapa os estudantes com a melhor avaliação durante as etapas anteriores do projeto são selecionados para participar de um intercâmbio em Portugal, onde terão a oportunidade de conhecer as interseções e caminhos que aproximam as histórias do Brasil e de Portugal.

O projeto é realizado pela Origem Produções, conta com o patrocínio do Grupo Moura, Rodonaves Transportes, Lwart Soluções Ambientais, Yamana Gold, Pedra Agroindustrial, Hiperideal e Galvani Fertilizantes e com o apoio das Prefeituras Municipais das cidades participantes.

Edição anterior – Na última edição, no ano passado, 24 estudantes e três professores da rede pública de Salvador, Mata de São João e Jacobina fizeram o intercâmbio em Lisboa durante dez dias para conhecer parte da história e os caminhos da corte portuguesa antes da chegada ao Brasil. Em Salvador, sete escolas da rede foram representadas: Professora Maria José de Paula Moreira (Ribeira), Jardim Santo Inácio, Amélia Rodrigues (Tororó), Alexandre Leal Costa (Nazaré), Pirajá da Silva (Liberdade), Clériston Andrade (São Marcos) e São Domingos Sávio (Ondina).

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